Segunda, 20 Mai 2024

'Se os problemas permanecerem, faremos novas paralisações'

terminal_Cariacica_ceturb_ES Ceturb-ES

Os rodoviários das empresas Nova Transportes e Santa Zita paralisaram suas atividades na manhã desta quinta-feira (9). Os ônibus que circulam em Viana, parte de Cariacica e que fazem as linhas troncais, ou seja, de terminal para terminal, não saíram da garagem. As queixas são a sobrecarga de trabalho, problemas no ponto eletrônico, falta de cobradores, estímulo da empresa à adesão ao Plano de Demissão Incentivada (PDI) por parte desses trabalhadores e assédio moral.

O delegado de base do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários), Miguel Leite, afirma que as possibilidades de diálogo com as empresas já se esgotaram. "Elas não resolvem nada, queremos conversar direto com o secretário de Mobilidade e Infraestrutura [Fábio Damasceno]", diz, destacando que a paralisação desta manhã pode ser a primeira de muitas. "Se os problemas permanecerem, faremos novas a qualquer momento", alerta.

Miguel explica que, quanto à sobrecarga de trabalho, a situação é que, antes, os motoristas faziam várias viagens em uma única linha, mas agora fazem 10. No que diz respeito ao ponto eletrônico, ele afirma que os trabalhadores têm que acessar por meio de um aplicativo no próprio celular, no entanto, muitos não sabem acessar ou não têm internet para isso. Diante disso, os rodoviários preferem como era antes, ou seja, o registro manual.

No caso específico dos cobradores, Miguel Leite recorda que o acordo feito entre a categoria e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes) na ocasião da retirada desses trabalhadores de dentro dos ônibus, foi de que, na parte da manhã, os ônibus sairiam das garagens com cobradores para recarga do cartão GV Bus dentro do transporte coletivo. Contudo, nem todos os ônibus estão com cobradores. Além disso, as empresas têm estimulando os trabalhadores a aderir ao Plano de Demissão Incentivada (PDI).

O assédio moral, segundo Miguel, tem acontecido principalmente quando os trabalhadores apresentam atestado médico para justificar falta ou pedir licença. De acordo com ele, é questionado se a pessoa é filiada ao sindicato. Caso responda que sim, sofre ameaça de demissão.

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