Técnicos de Enfermagem do Hospital Jayme protestam pelo pagamento do piso
Os técnicos de Enfermagem do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, no município da Serra, fizeram um protesto em frente ao equipamento na manhã desta quarta-feira (24). Eles reivindicam o pagamento do piso da categoria, que conforme consta na Lei nº 14.434/2022, é de R$ 3,3 mil. Trabalhadores que preferem não se identificar por medo de represálias afirmam que foi pago retroativo a março, abril, maio e junho, e nada mais. Mesmo assim, não foi abarcada a totalidade dos técnicos do Jayme.
Por causa do protesto, o trânsito em frente ao hospital ficou paralisado. Os manifestantes vestiram preto em sinal de luto, usaram nariz de palhaço e portaram cartazes com a pergunta "Cadê o piso?". Os trabalhadores relatam que a decisão de protestar foi tomada após inúmeras tentativas de diálogo com a direção do hospital e com o Departamento de Recursos Humanos para saber a previsão de colocar os pagamentos em dia.
Contudo, afirmam, nenhuma previsão foi dada e a justificativa sobre o porquê de o hospital não estar colocando em prática a Lei do Piso foi que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) não repassou o recurso encaminhado pelo Ministério da Saúde. Em novembro último, os técnicos do Jayme já haviam denunciado o não recebimento do piso salarial da categoria. Na ocasião, a Associação Evangélica Beneficente do Espírito Santo (Abepes), que administra os equipamentos, divulgou para os trabalhadores do Jayme um comunicado oficial, no qual afirmou não ter recebido do Ministério da Saúde o recurso para pagamento do piso referente.
No comunicado, a Associação afirmou que "assim que o Ministério da Saúde realizar o pagamento, a Aebes irá repassar os valores através da folha de pagamento complementar". No mês passado, um pouco antes do recesso, a Frente Parlamentar de Valorização da Enfermagem, presidida pela deputada estadual Janete de Sá (PSB) afirmou que irá averiguar se os equipamentos que não estão pagando o piso receberam o repasse do Governo Federal, e se receberam, o motivo da não efetivação dos pagamentos.'Se a frente de fato vai fiscalizar, é bem-vinda', avalia Sindienfermeiros
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