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Desinformação eleitoral 2024

O viés algorítmico pode influenciar as eleições de diversas maneiras

À medida que nos aproximamos das eleições municipais de 2024, os alarmes soam em relação aos perigos crescentes da desinformação, impulsionados de forma preocupante pelo uso pejorativo da inteligência artificial (IA). Conteúdos mentirosos têm 70% mais chance de serem compartilhados do que os verdadeiros, segundo estudo feito por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

A desinformação, potencializada pela IA, ameaça minar a legitimidade dos futuros governantes, influenciando de maneira danosa a opinião pública. Manifestações violentas, confrontos civis e um clima de desconfiança são apenas algumas das consequências nefastas que podem surgir. É preciso reconhecer a gravidade desse problema e agir de forma proativa para combatê-lo.

Enquanto o uso pejorativo da IA se torna uma ferramenta cada vez mais sofisticada para a propagação da desinformação, cabe aos órgãos de fiscalização, em especial ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antecipar-se a esses desafios – isso tem ocorrido. Estratégias de monitoramento e identificação precoce de campanhas difamatórias, aliadas a uma comunicação eficaz com a população, são importantes passos que o TSE e outras entidades responsáveis pela integridade eleitoral devem adotar.

Estudos indicam que mais de 80% dos eleitores acreditam que é responsabilidade das plataformas de mídia social combater a desinformação durante as eleições, e mais de 75% consideram que os órgãos de fiscalização eleitoral deveriam receber suporte das empresas de tecnologia para identificar e conter a disseminação de informações falsas.

O viés algorítmico pode influenciar as eleições de diversas maneiras. Em primeiro lugar, algoritmos envolvidos na distribuição de conteúdo em plataformas de mídia social podem promover a disseminação seletiva de informações, criando bolhas de filtragem que reforçam crenças e opiniões extremadas, contribuindo para a polarização política. Isso pode levar a uma falta de exposição a opiniões divergentes e, consequentemente, impactar a tomada de decisão dos eleitores.

O emprego de algoritmos em campanhas de publicidade política, ao direcionar mensagens de forma desigual e segmentar eleitores com base em características diversas, não apenas distorce a percepção pública, mas também influencia o comportamento do eleitorado. A falta de transparência em relação ao funcionamento desses algoritmos adiciona um véu de incerteza à compreensão de como o conteúdo é distribuído, criando um desafio significativo para a preservação da equidade e integridade no processo eleitoral.

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