Sexta, 19 Abril 2024

Panos quentes

 

No momento, o governador Renato Casagrande se ocupa em botar água na fervura no município da Serra, onde o prefeito eleito Audifax Barcelos (PSB), e o atual, Sérgio Vidigal (PDT), andam em pé de guerra. O sentido da sua intervenção é garantir os espaços de cada um. Faz parte da política de Casagrande manter o equilíbrio entre os partidos que apoiam o seu governo. Na Serra é para evitar o massacre do pedetista, como sequência da "surra" que ele tomou de Audifax na eleição deste ano. E o governador conhece bem o campo por  lá. Foi secretário de Vidigal e Audifax é do seu partido. Não será nada difícil para ele desarmar Audifax.  
 
Tática
Por falar em Audifax, o prefeito eleito está examinando a qualidade dos secretários dos prefeitos que perderam as eleições e selecionando-os. Praticamente, já tem escolhido o seu secretário de Saúde, seria Luiz Carlos Reblin, da gestão do prefeito de Vitória, João Coser (PT). 
 
Perigo 
O partido do governador, o PSB, cresceu mais do que o esperado. Do tamanho que ficou, ainda não tem quadros para grandes conquistas nas eleições de 2014. Para o Senado, difícil alguém com combustível necessário. O deputado federal Paulo Foletto... o limite dele é à Câmara. 
 
Expectativa
Candidato que perdeu as eleições por conta do presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes) e ex-prefeito de Colatina, Guerino Balestrassi, ter irrigado com grana a campanha do adversário - de um modo geral, gente do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) -, quer saber do governador Casagrande se vai ficar por isso mesmo. 
 
Ferro
Quem tomou uma chumbada feia nas eleições foi a deputada federal Rose de Freitas, do PMDB. Do seu plantel de 38 prefeitos, só elegeu 15. Até nos seus santuários eleitorais, Venda Nova do imigrante e Santa Maria de Jetibá, tomou ferro. 
 
Disputa
Embora a eleição do novo diretório estadual do PT esteja prevista só para o ano que vem, as correntes do partido estão filiando velozmente. A do Coser já filou mais de 300 e a sindical, do Tarcísio Vargas, mais de 400. Briga boa para controle do partido. 
 
Corrida
Apesar de o Coser andar falando em disputar o Senado, o tamanho dele, pelo menos no momento, é de deputado federal, campo que vai estar congestionado. Pois também querem ser deputado federal  o vice-governador Givaldo Vieira (até outro dia cria do Coser), Helder Salomão, Iriny Lopes e Guilherme Lacerda. No caso do Guilherme, na diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), pode ser que não possa se candidar, mas neste caso sua corrente,  certamente,  terá outro nome: o histórico Perly Cipriano. É muito nome para pouca vaga. O PT vai fazer um, dois só por acidente, em forças de outros partidos.   
 
Socorro 
O pessoal do Coser, aliás, continua no mesmo papo de aliança com o ex-governador Paulo Hartung. O sentido agora é de colaboração. Ajudar PH a atravessar o mar revolto que tem pela frente. Ou seja: estabelecer uma relação em que haja equilíbrio de forças, já que o ex-governador, com o resultado das eleições municipais, diminuiu de tamanho. Pelo menos 30 centímetros.
 
Dúvida 
O secretário de Estado de Planejamento, Robson Leite, continua sendo o enigma das eleições municipais. Hartunguete de carteirinha, ele atuou o tempo todo na campanha de Luciano  Rezende (PPS) – para bem ou para mal? 
 
Esfriar
O prefeito Neucimar Fraga, do PR, deu uma desaparecida. Pegou a mulher e viajou para esfriar a cabeça. Conseguirá? 
 
PENSAMENTO:
"A diferença entre uma democracia e uma ditadura consiste em que numa democracia se pode votar antes de obedecer as ordens". Charles Bukowski

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