Quinta, 28 Março 2024

Dia Internacional da Mulher é marcado por protestos em Vitória

Dia Internacional da Mulher é marcado por protestos em Vitória

O Dia Internacional da Mulher foi marcado por protesto no Espírito Santo. Nesta sexta-feira (8), o Fórum de Mulheres promoveu atividades no Centro da Capital com o tema: “Violação de direitos é violência”.

 
 
Militantes de organizações da sociedade civil se concentraram desde as primeiras horas da manhã na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, para sensibilizar a população sobre a violência contra as mulheres. Elas deram destaque aos altos índices de homicídios contra as mulheres, que colocam o Estado em primeiro lugar no ranking nacional. 
 
Foram espalhados, pela Praça Costa Pereira, pares de sapatos que representavam as vítimas da violência assassinadas em 2012. Ao lado do calçado, um cartaz informava o nome da vítima e a circunstâncias da morte. “Acho que os sapatos chamaram a atenção da população, que se aproximava curiosa para entender o que estava acontecendo. Quando elas se aproximavam, liam as informações nos cartazes e demonstravam estar chocadas com a história das vítimas”, conta Karina Moura, uma das integrantes do Fórum de Mulheres. 
 
Karina ressaltou que não há nada para comemorar no Estado que mais se mata mulheres. “É por isso que o movimento foi para ruas para protestar, enquanto o poder público distribui flores e bombons para mulheres ignorando essa realidade de mortes e violações”. 
 
Ela acrescentou que o governo tem tratado a violência contra a mulher como algo meramente relacionado à segurança pública. “A lei prevê uma série de ações cujo propósito é inserir na sociedade políticas públicas destinadas à prevenção e acompanhamento das mulheres vítimas da violência”, defende Karina.
 
A militante disse que o atual governo, até hoje, não se mostrou disposto a dialogar com o Fórum de Mulheres. Suelen Suzano, que também integra o Fórum, recorda que há um ano o Fórum de Mulheres entregou uma pauta de reivindicações ao governador Renato Casagrande, mas nunca foi chamado para uma conversa ou tampouco recebeu resposta sobre as demandas apresentadas. 
 
Suelen diz que a redução da violência contra as mulheres era um dos itens dessa pauta. “Afinal, o Estado lidera o ranking nacional de mulheres vítimas de homicídios”. O protesto, continuou ela, é uma maneira de relembrar essas mortes. 
 
A violência física, segundo Suelen, é um dos principais problemas no Estado, mas ela acrescentou que a violência psicológica, a falta de moradia, de educação, dificuldades de acesso à saúde e a disparidade salarial em relação aos homens, são exemplos de violações às quais as mulheres estão sujeitas no seu dia a dia. 
 
Por isso o objetivo das atividades, completa Karina Moura, é fortalecer a data como dia de luta contra toda forma de violência a que as mulheres estão submetidas. 

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