Após promessas, MST desocupa fazenda em Montanha
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocupou a Fazenda Palmeira, em Montanha (extremo norte do Estado), onde 130 famílias se mantinham assentadas desde agosto. Segundo o movimento, após negociações com os governos federal e estadual, os assentados decidiram desocupar a área, porém, a família se mantêm do lado de fora da fazenda, às margens da estrada, aguardando o cumprimento das promessas.
Segundo o MST, durante a negociação foi prometido vistoria da área em até 40 dias para a apresentação de um relatório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o levantamento da área para definir se a fazenda possui ou não terra devoluta, e o fornecimento de cestas básicas para as famílias.
As família responsáveis pela ocupação já estavam acampadas na área do Assentamento Adriano Machado, dentro da fazenda, aguardando serem assentadas. A fazenda pertence à família Simão, tradicional na região, que segundo o MST detêm terras em diversos municípios do Estado, utilizando-as para pecuária extensiva.
Na ocasião, o MST ressaltou a importância da ocupação enfatizando que a propriedade, como outras no norte e noroeste do Estado, seria transformada numa grande plantação de eucalipto, principalmente para abastecer a produção da Aracruz Celulose (Fibria).
No dia da ocupação, pistoleiros encapuzados e fortemente armados abordaram diversas pessoas que seguiam em direção à área, mas eles resistiram na região.
O MST aponta que o extremo norte capixaba está entre as regiões com maior índice de concentração fundiária do Espírito Santo. Consequentemente, é uma região que concentra um grande número de famílias de trabalhadores rurais sem terras.
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