Quarta, 24 Abril 2024

Com poucos vereadores da área, câmaras da GV elegem comissões de Meio Ambiente

Com poucos vereadores da área, câmaras da GV elegem comissões de Meio Ambiente

Nesta semana, as Câmaras de Vereadores dos quatro maiores colégios eleitorais do Estado – Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra –, após o conturbado período de eleição dos presidentes e demais membros das mesasdiretoras dos legislativos municipais, definiram as presidências de suas comissões permanentes. 

 
A avaliação é de que, em geral, um trabalho bem feito à frente de comissões das Casas rende capital político e visibilidade, muito embora os vereadores geralmente tenham pouco espaço e capacidade limitada de legislar.
 
Nas comissões de Meio Ambiente, dos quatro mandatários, apenas um já exerceu mandato na Câmara: Serjão (PSB), em Vitória, que ocupou o mesmo cargo na última legislatura. Em sua gestão, as principais ações feitas se centraram sobre a qualidade do ar. Em junho de 2012, aconteceu o Seminário Respira Vitória, que debateu a questão com especialistas. Dele surgiu o Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) de mesmo nome, que visa a elaborar propostas de leis para tornar mais rígido o controle da poluição.
 
A ação é importante, em especial em uma cidade como Vitória, que acumula “prêmios” sobre os abusivos índices de poluição registrados em seu território, principalmente por conviver com grandes poluidoras – Vale e ArcelorMittal – em seu entorno. Com a reeleição de Serjão para a comissão, a cobrança é que o GTI – que fará a sua quinta reunião no início de fevereiro – apresente resultados na forma de leis sobre os temas debatidos.
 
Em Vila Velha, o presidente da comissão de Meio Ambiente da Câmara será o vereador iniciante Osvaldo Maturano (PMDB). Especializado em Gestão do Trânsito, chegou a ser secretário de Transporte e Trânsito do município na gestão do ex-prefeito Neucimar Fraga (PR) por um ano e três meses, a partir de 2009. 
 
Apesar de ter atuação mais voltada para a área de mobilidade urbana, o próximo presidente da comissão vai ter que lidar com uma cidade com questões ambientais complexas e entidades populares que estão atentas às movimentações. O último grande caso em jogo é o do Porto de Águas Profundas do Estado, que deve ser instalado no município canela-verde. Se concretizado, o empreendimento deve levar profundos impactos ao município.
 
Em Cariacica e Serra, as presidências das comissões de Meio Ambiente ficaram com o PV. Apesar do nome, ao menos no Espírito Santo o partido não tem grandes representantes da causa ambiental. O principal representante “verde” no Estado é o deputado estadual e presidente da comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Sandro Locutor, que, para se ter uma noção, recebeu R$12 mil da poluidora ArcelorMittal na última eleição, quando foi candidato a prefeito de Cariacica.
 
No município, o mandatário da área ambiental na Câmara será Ozeias Lopes, que se elegeu com R$ 3 mil da mesma siderúrgica. Já na Serra, o presidente da comissão será o verde Tio Paulinho. Ambos ocuparão o seu primeiro cargo no legislativo municipal e são, como se diz, ilustres desconhecidos – na política e na área de meio ambiente.

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