Sexta, 29 Março 2024

Movimento Pó Preto quer barrar 8ª Usina da Vale em Tubarão

Movimento Pó Preto quer barrar 8ª Usina da Vale em Tubarão
O movimento Pó Preto Ponto-Vix cobra uma resposta do Ministério Público do Estado (MPES) a um documento protocolado no órgão em julho do ano passado, que pede, dentre outras coisas, a não liberação da Licença de Operação (LO) da 8ª Usina da Vale e uma série de estudos e justificativas técnicas das últimas ações de controle ambiental feitas sobre as empresas atuantes na Ponta de Tubarão.
 
O documento, de número 26.912 e endereçado à promotora e dirigente do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoa), Isabela de Deus Cordeiro, não obteve respostas do MPES. Ele nasceu em resposta a um ofício da promotora, que, por sua vez, se refere a outro protocolo do movimento, feito em abril. 
 
O primeiro documento exige a não liberação da 8ª Usina até que um padrão para o pó preto seja adotado no Estado. Além disso, é cobrado o monitoramento por câmeras das atividades de ambas as poluidoras; que o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) volte a divulgar amplamente os resultados mensais das medições de poeiras emitidas; que os representantes Romildo Fracalossi, da Vale, e Guilherme Corrêa Abreu, da ArcelorMittal, comprovem a veracidade dos dados fornecidos em debate na rádio CBN-Vitória, onde afirmaram a redução de 80% e 70% de suas emissões, respectivamente; e, por último, que seja cobrado do Iema a apresentação do relatório técnico detalhado sobre a viajem feita por representantes do poder público ao Japão e à Coréia para verificar novas tecnologias para as empresas do Estado. 
 
Em resposta, no ofício número 778, o MPES afirma que “todas as ações realizadas no Termo de Compromisso Ambiental (TCA) da Vale foram respaldadas por estudos prévios de forma a garantir que os recursos financeiros redundassem em melhorias do sistema de controle ambiental e em redução significativa dos níveis de emissões”.
 
Em seguida, responde a alguns tópicos do pedido do Pó Preto, afirmando que algumas das ações, como o monitoramento por câmeras das atividades da ArcelorMittal e da Vale, já teriam sido contempladas no TCA.
 
Em julho, o movimento respondeu com uma série de questionamentos e cobranças, como a sobre a Licença de Operação da 8ª Usina da Vale – não respondida pelo Ministério Público. Entre outros, o Pó Preto exige novamente que o MPES dê providências para a liberação dos dados de medições mensais de poeira pelo Iema e cobre das empresas o material técnico que comprove a veracidade de suas afirmações.
 
Para possíveis negativas, o movimento já pede que venham junto com um embasamento técnico.
 
O movimento mantém um abaixo-assinado aberto na internet - que já bate a marca de 470 assinaturas - pela divulgação dos números de medição de poeira pelo Iema, devendo estes apresentarem resultados compatíveis e que garantam um padrão de qualidade de vida satisfatória aos moradores da Grande Vitória.

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