Polícia Ambiental registra aumento de apreensões de animais no Estado
O número de apreensões de animais no Espírito Santo aumentou, segundo a Polícia Militar Ambiental. Além do crescimento de 1.978 apreensões de janeiro a agosto de 2011, para 3.640 no mesmo período deste ano, a corporação apreendeu 115 armas e e 1.831 munições em poder de caçadores.
Os números foram divulgados na Assembléia Legislativa, entretanto, não representam o aumento de apreensões ilegais. Segundo os dados da Polícia Militar Ambiental, os números refletem também o número de animais entregues à corporação. “Aumentou muito a entrega de animais de forma voluntária por influência de fiscalizações e também pela conscientização da própria população”, disse o capitão Patrício Bernade Fiorim.
A entrega voluntária se dá também por três fatores, como apontou Fiorim: quando o animal aparece na residência (gambá, lagarto e etc); quando os animais mantidos em residências ficam doentes e, desesperados, os proprietários procuram a Polícia Militar Ambiental, ou quando um animal é encontrado atropelado ou machucado.
Entre as apreensões – voluntárias ou não - mais ocorrentes no Estado estão as de aves em cativeiro (curió, canário, trinca-ferro, papagaio e etc); o transporte ilegal de animais e a captura.
O aumento de apreensões no Estado em 2012 não reflete, porém, o aumento de criminalidade, pontuou o capitão, destacando o trabalho da fiscalização.
Fiorim afirmou ainda que apesar das entregas voluntárias de animais, os registros de apreensões de caça, captura ou transporte de animais são recorrentes. "A punição para quem mantém animais em cativeiro ilegalmente é branda no País. O criminoso pode pegar de seis a um ano de prisão, mas isso varia. No caso de um caçador, por exemplo, o agravante é geralmente o porte de armas”, contou ele.
Mesmo se tratando da apreensão de um animal com risco de extinção, o responsável por capturar, manter ou transportar animal de forma ilegal é levado para a delegacia, onde assina um termo circunstancial e é solto para responder ao crime em liberdade, explicou o capitão. Entre os animais mais caçados no Estado estão a paca, capivara e tatu.
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