Quarta, 24 Abril 2024

Troca de Locutor por Gildevan mantém inerte Meio Ambiente da Ales

Troca de Locutor por Gildevan mantém inerte Meio Ambiente da Ales

Na última semana, a primeira de trabalho para os deputados estaduais do Estado, foram definidos os presidentes das comissões da Assembleia Legislativa (Ales). Na de Meio Ambiente, trocaram, como diz o ditado, seis por meia dúzia. Saiu Sandro Locutor e entrou Gildevan Fernandes – ambos do PV, que, ao menos em nosso Estado, tem mais verde no nome do que nas ações.

 
A atuação de Locutor na presidência da comissão foi, no mínimo, pífia. O deputado começou a legislatura prometendo muito: audiências públicas, discussão sobre as empresas poluidoras, participação da sociedade civil. O que marcou a sua gestão à frente do Meio Ambiente da Ales foi a inoperância em relação aos grandes temas do Estado.
 
Na gestão de Locutor, no fundo, a Comissão quis mais evitar entrar em rota de colisão com as grandes poluidoras, principalmente em tempos de eleição, quando a maioria dos políticos prefere não se indispor com empresas que podem, num futuro próximo, financiar suas campanhas. Nas eleições de 2012, para se ter uma noção, o deputado recebeu R$ 12 mil da ArcelorMittal para sua campanha a prefeito de Cariacica. 
 
Assim, com a indicação do também “verde” Gildevan Fernandes, que além de tudo tem problemas na Justiça por ser acusado de abuso sexual no município de Pinheiros (norte do Estado), nada deve mudar no comando da comissão. A opinião é compartilhada por movimentos e entidades Estado afora, que, apesar de tudo, cobram uma atuação mais incisiva da comissão.
 
É o caso da Associação dos Amigos da Praia de Camburi (AAPC), por exemplo. Para a entidade, o que falta é rigor para a comissão. “O meio ambiente já perdeu demais, e a esperança é que isso finalmente mude”, afirma um dos representantes. Na opinião da entidade, a palavra que define a última gestão da comissão é “estagnação”. 
 
O movimento Pó Preto acompanha a opinião. Um integrante conta que, apesar de o movimento sempre ter sido recebido pela comissão na época de Locutor, pouco foi feito, a não ser atender aos pedidos de transmissão de informações a órgãos estaduais. “O que me parece é que eles só fazem maquiagem para dizer que são da comissão. Esperamos uma atuação mais proativa do novo presidente”, afirma.
 
Da mesma forma, a Associação Capixaba de Meio Ambiente (Acapema) critica e muito a última gestão. “De verde, só tem o nome”, ralha um dos representantes. Para a entidade, não houve nenhuma preocupação da comissão em relação às questões do meio ambiente. “Só fazem coisas para inglês ver, não participam nem de audiências públicas sobre empreendimentos”, afirma.
 
A cobrança da entidade é que o Estado tenha uma política realmente séria em relação ao meio ambiente. “Não vemos a Assembleia procurando as comunidades, por exemplo. Qualquer empreendimento passa despercebido”.

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Quinta, 25 Abril 2024

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