Quinta, 25 Abril 2024

Vale inaugura sistema de videomonitoramento

Vale inaugura sistema de videomonitoramento

O sistema de videomonitoramento das emissões atmosféricas da Vale foi inaugurado oficialmente nessa terça-feira (23). Contará ao todo com 20 câmeras dentro do complexo da empresa e duas nos hotéis Aruan, na Praia de Camburi, e Senac, na Ilha do Boi, em Vitória. Terão acesso às imagens o Ministério Público Estadual (MPES) e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Já a população não.

 
Segundo o Movimento Pó Preto, a Vale alega que não irá liberar as imagens ao cidadão para manter seu sigilo industrial, “pois liberadas as imagens, o cidadão terá toda a condição de roubar segredos industriais da empresa”. 
 
A entidade cobra que a empresa divulgue em canal aberto, durante 24 horas, as imagens geradas pela câmaras dos hotéis em Vitória. Caso contrário, diz a entidade, a Vale deve retirar as câmeras dos locais para garantir a privacidade dos cidadãos. O Movimento Pó Preto lamenta a decisão da Vale. 
 
O pedido de videomonitoramento contínuo na Ponta de Tubarão é exigido pela entidade desde agosto deste ano, em documento protocolado no Ministério Público e na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Seama)/ Iema.
 
A cobrança, porém, é que as imagens sejam divulgadas à população. A transparência diz respeito, sobretudo, às afirmações das empresas poluidoras Vale e ArcelorMittal de que houve redução das emissões emitidas na Ponta de Tubarão, bem como do Iema de que as emissões estariam controladas, mesmo quando seu controle atmosférico na região aponta o aumento de 46% no volume de partículas sedimentáveis no bairro Ilha do Boi.  
 
Segundo a entidade, há imagens que comprovam o escape de minério na Ponta de Tubarão em agosto e em setembro deste ano. Na ocasião, a Associação de Amigos da Praia de Camburi (AAPC) e o Movimento Pó Preto afirmaram que as imagens contradizem a afirmação do Iema. As entidades cobram o monitoramento contínuo da região para garantir o controle das emissões e a mitigação dos impactos ambientais gerados, e ainda a não concessão da Licença de Operação (LO) à Vale, no projeto da 8º usina, até que os problemas sejam, de fato, sanados. 

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