Terça, 23 Abril 2024

Balanço da eleição 2012 afeta também a bancada capixaba

 

Direta ou indiretamente, a bancada capixaba atuou na eleição 2012 em vários municípios do Estado. Como a maioria das lideranças políticas do Estado, o resultado das eleições deste ano também afetará o futuro político dos parlamentares.
 
Diretamente, apenas dois deputados federais participaram da eleição: Audifax Barcelos (PSB) e Iriny Lopes (PT). Audifax foi eleito prefeito na Serra e vai comandar o segundo maior colégio eleitoral do Estado, com o apoio do governador Renato Casagrande.
 
A deputada Iriny Lopes perdeu a eleição em Vitória, mas conseguiu se fortalecer politicamente, tanto pelo enfrentamento interno com as lideranças que defendiam a saída do PT da disputa quanto pela defesa da proposta petista durante a eleição. Sua ligação com a presidente Dilma Rousseff, também a fortalece para o jogo político futuro, apesar da queda de capital do PT no Estado.
 
O presidente do PMDB, Lelo Coimbra, comemorou o desempenho do partido, apesar de sua sigla ter saído enfraquecida da disputa deste ano. Além de ter reduzido quase pela metade o número de prefeitos no Estado, o PMDB viu a diminuição da capilaridade de sua principal liderança, o ex-governador Paulo Hartung, de quem Lelo depende politicamente.
 
O deputado federal Cesar Colnago também saiu enfraquecido da disputa. Assim como Lelo, ele preside a sigla no Estado e o desempenho tucano, que sofreu uma redução de 50% em número de prefeituras, caindo de 12 para seis municípios, também deixa o partido em uma situação complicada no jogo político.
 
A vice-presidente da Câmara dos Deputados Rose de Freitas (PMDB), que apoiava um grande número de prefeitos no Estado e sofreu derrotas significativas, mas depois da eleição já começa a recuperar o campo de influência com a aproximação a novos prefeitos.
 
O deputado Paulo Foletto (PSB) poderia ser um dos deputados vencedores deste pleito, mas devido a uma movimentação de seu partido, para acomodar a base do governador Renato Casagrande, saiu da disputa em Colatina e tornou-se uma liderança dependente da força do governo. Nos meios políticos, há quem diga que Foletto pode ser agraciado com a Secretaria de Saúde, assim como Colnago vem sendo cotado para a Secretaria de Agricultura. Mas como essa conversa já havia tomado conta do mercado no início do governo e não se confirmou, há quem duvide dessa manobra.
 
O grupo pedetista na bancada capixaba também não teve um desempenho que fortaleça os parlamentares do partido. A deputada Sueli Vidigal, mulher do prefeito da Serra Sérgio Vidigal, ela terá dificuldades já que o marido não foi reeleito na Serra. O deputado Jorge Silva, que se afastou da disputa em São Mateus, sua principal base, saiu menor com a reeleição de Amadeu Boroto.
 
Já o deputado Carlos Manato, que já foi ligado a Vidigal, agora foi abraçado por Audifax na Serra, o que pode fortalecê-lo para 2014. Outro elemento que deve ser analisado é o deputado federal Camilo Cola (PMDB), que era suplente e assumiu com a licença do socialista. Camilo venceu em Cachoeiro de Itapemirim, com a reeleição do prefeito Carlos Casteglione (PT), mas de uma maneira geral, o PMDB saiu derrotado e com isso, ele também saiu menor.
 
Senado
 
Os senadores capixabas também tiveram participação na disputa deste ano, e suas atuações devem ter influência direta no cenário de 2014. Sem dúvida, o parlamentar que conseguiu maior projeção, mesmo que não da forma desejada, foi o senador Magno Malta (PR).
 
Com acusações sobre sua postura política, ele acabou se transformando em personagem importante da disputa na reta final, sobretudo de Vitória. Com a vitória de Luciano Rezende (PPS), sua imagem acaba fortalecida, ainda que suas bandeiras sejam contestadas, ele ficou no foco da discussão.
 
O senado Ricardo Ferraço (PMDB) acabou frustrando o mercado político que esperava dele mais protagonismo político nos palanques, já que vem sendo apontado como um dos nomes que podem entrar na sucessão estadual em 2014. Com a presença de Paulo Hartung nas campanhas, o senador acabou se apagando na disputa, o que pode prejudicar seu projeto futuro.
 
Já a senadora Ana Rita Esgario (PT) que atuou no período pré-eleitoral, na articulação dos candidatos do partido, sofre com a falta de espaço político dentro do PT, tomado pelos grupos que dominam a sigla no Estado.

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