Sábado, 20 Abril 2024

Classe política ainda subestima poder das redes sociais

Desde a eleição do presidente americano, Barack Obama, vem se falando na importância das redes sociais no processo eleitoral, mas quatro anos depois da investida do democrata, a classe política capixaba parece ainda não ter absorvido essa dinâmica. Embora os candidatos a prefeito tenham caprichado na construção de seus sites e na divulgação de agendas, fotos e recados, a utilização dessas ferramentas ainda foi tímida.



Um destaque nesse quesito foi o candidato tucano a prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas, que em seu site, durante o primeiro turno, realizou webcomícios, debates online com os eleitores para mostrar suas propostas.



Esse novo tipo de abordagem também gerou uma forma de ataque, em vez de infiltrar aliados nas atividades do candidato para tentar tumultuar, entrou em cena o papel do hacker, que tirou o primeiro programa do tucano do ar.



Mas se os candidatos não intensificaram o uso da internet, os eleitores fizeram por eles. O compartilhamento de mensagens de apoio a candidatos e de mensagens negativas aos adversários de seus preferidos foi intensa, sobretudo no segundo turno.



Chamou a atenção no Facebook, que além da página dos candidatos, os apoiadores usaram as redes sociais para compartilhar informação e monitorar os adversários. Essa prática fomentou a discussão e em alguns momentos os comentários ficaram agressivos entre os eleitores.



Os sites dos candidatos e suas páginas nas redes sociais foram bastante interativos, mas ainda estão longe de serem a vitrine das disputas. A maioria apostou mesmo nos programas de rádio e TV e no contato direto com o eleitor.



As propagandas funcionam se tiverem boa audiência, como no caso de Vitória, mas ficam limitadas aos municípios que têm retransmissoras de TV. Já as caminhadas, comícios e debates setoriais não atingem uma quantidade expressiva do eleitorado.



Diante do crescimento da classe C no Brasil, e com o Espírito Santo seguindo essa tendência, o acesso à internet é cada vez mais amplo no eleitorado e poderia ter um investimento maior dos candidatos, barateando, inclusive, as campanhas.



Os eleitores parecem ter percebido mais rápido que a classe política a importância das ferramentas de informação, sobretudo no debate dos números de pesquisas eleitorais e respostas a acusações sobre seus candidatos. As defesas e ataques nesse sentido tomaram conta do período eleitoral de forma espontânea.



Diante desse crescimento e assimilação do eleitor dos instrumentos de comunicação novos, a expectativa é de que as próximas eleições possam trazer uma utilização cada vez mais intensa e profissionalizada das ferramentas da internet.



 

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