Sábado, 20 Abril 2024

Declaração de ex-governador sobre apoios é infidelidade partidária

A declaração do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) ao jornal A Gazeta, de que estaria “livre, leve e solto” para escolher os palanques eleitorais que irá apoiar na disputa deste ano, soou como mais uma para a sua grande coleção de infidelidades partidárias e não surpreende o mercado político.  No PMDB, partido ao qual está filiado desde 2005, para disputar a reeleição ao governo em 2006, o ex-governador privilegiou seu grupo político, passando por cima dos interesses partidários.



Tanto que trabalhou durante seu governo pelo enfraquecimento da correligionária Rose de Freitas (PMDB) e empurrou goela abaixo dos peemedebistas históricos a filiação do seu então vice, Ricardo Ferraço. O hoje senador tem mais cuidado nessa relação. Embora seja do grupo de Hartung, tenta evitar os indícios de infidelidade, já que com o mandato até 2018, não pode deixar o partido. Por exemplo, mesmo com o pai, o deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), apoiando o prefeito de Guarapari, Edson Magalhães (PPS), Ricardo faz jogo de cena, já que  no município o PMDB apoia o candidato da oposição Ricardo Conde (PSB). Sua movimentação em favor de Magalhães não é explicita como a de Hartung.



Diferentemente de outras lideranças políticas, como a própria Rose de Freitas, que pediu permissão ao PMDB para apoiar a candidatura de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), quando o PMDB estudava a possibilidade de lançar candidatura própria em Vitória, Hartung em nenhum momento disse se tem permissão do partido para as movimentações que vem fazendo.



Embora tenha feito caminhadas com candidatos peemedebistas no interior do Estado, seu apoio a esses nomes não tem relação partidária. O governador está se guindando a palanques favoritos nas disputas municipais para buscar fortalecimento político no embate por espaço de poder com o governador Renato Casagrande.



Aliás, o grupo de Hartung está de malas prontas para mais uma vez fazer migração partidária. Sua aproximação com o PSDB indica que ele e os aliados que o acompanham desde o movimento estudantil ensaiam um retorno ao ninho tucano.



Seria mais uma mudança de Hartung, que coleciona desafetos em Executivas Nacionais de partidos pelos quais já foi filiado, como o PPS e o PSB.

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