Quinta, 18 Abril 2024

Erros no primeiro turno põem em xeque pesquisas feitas em Vitória nesta reta final

É inegável que as pesquisas têm influência sobre os resultados das eleições. Tanto é que os candidatos, a cada disputa, destinam mais e mais recursos para os institutos. Além de auferir as chances do candidato no pleito, as pesquisas servem também para captar recursos para a campanha e, o mais importante, mostrar ao eleitor quem "vai ganhar as eleições". 

 
Os resultados das pesquisas feitas no primeiro turno, no entanto, mostram que os institutos têm cometido erros reincidentes. A verdade é que as distorções, intencionais ou não, acabam induzindo o eleitor na hora do voto.
 
A disparidade entre as previsões dos institutos e o resultado apurado nas urnas abre precedente para o eleitor se perguntar se as pesquisas são, de fato, confiáveis. Em Vitória, por exemplo, o Instituto Futura, na pesquisa (registro/TRE-ES 00201/2012) feita a dois dias do primeiro turno, apontava que Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) tinha seis pontos de vantagem sobre Luciano Rezende (PPS). A apuração, no entanto, daria a vitória no primeiro turno a Luciano: 39,1% dos votos contra 36,6% do tucano, invertendo, portanto, as previsões do Futura. 
 
O instituto, no balanço de erros e acertos, publicado em seu site, considera que obteve sucesso nas pesquisas. O próprio eleitor costuma dar pouca importância à escorregada do instituto, que errou justo no principal colégio eleitoral, o da Capital. Depois do resultado consumado, ninguém se lembra de questionar que o erro poderia ter induzido o eleitor a votar no candidato que aparece na frente, pois está mais que provado que, culturalmente, as pessoas tendem a votar em quem vai vencer. 
 
Naquela mesma semana, a pesquisa do Ibope (registro/TRE-ES 00175/2012), feitas entre os dias 3 e 5 de outubro, passou ainda mais longe do resultado apurado nas urnas ao apontar uma vantagem de 12 pontos favorável a Luiz Paulo sobre Luciano.
 
As pesquisas de intenção de votos para prefeito de Vitória no segundo turno - a do Futura (registro/TRE-ES 00231/2012) , divulgada no jornal A Gazeta nessa quinta-feira (25); e da Enquet (registro/TRE-ES 00230/2012), publicada no jornal A Tribuna nesta sexta (26) - apontam que o candidato do PSDB está em franca ascensão. 
 
A diferença entre Luciano Rezende e Luiz Paulo, que já superou a casa dos 20 pontos, agora é de 11%, segundo o Futura; e de 12,8%, de acordo com a pesquisa da Enquet. De posse dos números, como não poderia ser diferente, os marqueteiros tucanos dão destaque à reação de Luiz Paulo, que é traduzida no slogan da virada, ou melhor, "vai virar", como diz a publicidade veiculada nos jornais desta sexta-feira (26). 
 
Os dois institutos chamam a atenção sobre o crescimento de Luiz Paulo e a queda de Luciano, A Gazeta com mais veemência e A Tribuna com mais imparcialidade. Talvez, desta vez, as pesquisas cheguem mais perto do resultado das urnas, mas, de qualquer maneira, o histórico de erros faz o eleitor ficar com o pé atrás. 
 
Na Serra não foi diferente. A vitória retumbante de Audifax Barcelos (PSB) acabou tornando secundária as previsões dos institutos de pesquisa, que erraram feio mais uma vez. O Futura, por exemplo, na pesquisa realizada em 4 de outubro, portanto a dois dias das eleições, apontava que o candidato do PSB tinha uma vantagem de apenas 6,6% sobre o seu adversário, Sérgio Vidigal (PDT). A vantagem "magra" ficava praticamente dentro da margem de erro, que era de 4 pontos para mais ou para menos. 
 
Quando as urnas foram abertas no dia 7, porém, Audifax apareceu com 61,4% dos votos contra 36,6% de Vidigal. O resultado acachapante mostrou que as previsões dos institutos ficaram, novamente, distantes da realidade das urnas. 

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