Homem-bomba
Que Theodorico Ferraço (DEM) não aceitaria o balde de água fria jogado pelo governador Renato Casagrande em seu projeto de reeleição para a Presidência da Assembleia todo mundo sabia. Ferraço saiu para o recesso parlamentar com a reeleição na mão e voltou com o assunto morto e enterrado no plenário.
Nos meios políticos, todo mundo sabe como foi que Ferraço conseguiu seu mandato tampão à frente da Casa, batendo na mesa e exigindo o cargo. Passou por cima de outros nomes que estão na “fila” para assumir a Presidência.
Um novo golpe para permanecer na Presidência, não seria tão fácil. Casagrande esvaziou a manobra e irritou Ferraço. Imprevisível como sempre foi, o deputado não deixou a conta para depois. Foi na primeira sessão depois do retorno do recesso que o deputado disparou sua metralhadora contra o Palácio Anchieta.
Mas daí a dizer que a postura do Ferraço vai jogar o Legislativo contra o governador é exagero. Com as mudanças que acontecerão na Casa a partir de 2013 e com a nova realidade econômica do Estado, o que os deputados querem é se tornar amigos de infância do governador.
Além disso, não pegou bem no plenário o fato de o requerimento para começar a tramitar a PEC da reeleição ter chegado ao plenário, sem que os Ferraço e seu aliado nessa empreitada, o deputado José Carlos Elias (PTB), tenham combinado qualquer coisa com o governo. Muitos deputados se sentiram enganados.
Outro elemento para a irritação de Ferraço vem do processo eleitoral, já que os aliados do deputado estão em situação complicada, vide a impugnação do prefeito de Guarapari, Edson Magalhães (PPS) em Guarapari.
Tudo indica que o ânimo do deputado vai continuar azedo na Assembleia. O governo não parece preocupado, sabe que os deputados dependem de uma boa relação com o Palácio Anchieta. Dificilmente o azedume de Ferraço vai contaminar o plenário.
Fragmentos:
1 – Os apoiadores de Glauber Coelho (PR) não devem se empolgar muito com o resultado da pesquisa Futura que apontou o republicano como favorito na disputa.
2 – Isso porque a liderança de Glauber é na estimulada. Na espontânea, o cenário se inverte, com o prefeito Carlos Casteglione (PT) um pouco à frente. Mas é preciso considerar também dois aspectos: o primeiro é o alto número de indecisos e o segundo, o fato de ser uma pesquisa da Futura.
3 – De qualquer forma, as pesquisas realizadas nessa primeira parte da eleição não são definitivas, retratam apenas o recall. A coisa pega mesmo nos últimos 15 dias da disputa.
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