Insegurança política com nova eleição toma conta de Guarapari
O cenário eleitoral de Guarapari está cada dia mais confuso e a proximidade do fim do ano e do verão estão deixando a população apreensiva. O juiz eleitoral do município, Jerônimo Monteiro, aguarda o cronograma do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para convocar nova eleição. Mas o recurso extraordinário do prefeito Edson Magalhães (PPS) entregue à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia, pode postergar o novo pleito.
O juiz eleitoral espera a convocação para o próximo mês, mas no município já se fala em uma eleição para depois de fevereiro, o que aumenta ainda mais a insegurança política no município. Caso isso aconteça, o presidente da Câmara de Vereadores é quem assumiria o cargo interinamente.
Aí vem outro problema, o atual presidente José Raimundo Dantas (PRP) não foi reeleito, por isso, seria necessária uma nova eleição para a presidência da Casa, antes para que o novo chefe do legislativo assuma a prefeitura.
Enquanto aguardam a decisão da Justiça, as forças políticas se movimentam para tentar alinhavar o processo político extemporâneo. Sete nomes foram apresentados em um primeiro momento: Ricardo Conde (PSB), Luiz Rosa (PR), Afonso Rodrigues (PSDB), Carlos Von (PSL), Enis Gordin (PR), Ronaldo Tainha (PRP) e Weiglas Quinto (PTN). Esses nomes devem se agrupar em torno de uma candidatura mais viável para a disputa e o momento será de muita conversa entre as lideranças.
Mas para os meios políticos, se não conseguir levar o recurso para o Supremo Tribunal Feredal (STF), o prefeito deve apostar em um aliado para que possa disputar a eleição com sua benção. Entre os nomes cotados para receber o apoio do prefeito está o candidato a vice na chapa de Magalhães, Orly Gomes (DEM), que é o mais forte deles. Além dele, estão cotados o também demista Gabriel Araújo Costa e Anselmo Bigossi (PTB).
Cidade parada
Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias, o balneário de Guarapari deveria estar se preparando para receber os turistas que escolhem a cidade para as férias. Mas não é isso que acontece. Diante das movimentações políticas a cidade está parada, com obras aguardando conclusões.
Essa é mais uma preocupação da população, já que a partir do dia 31 de dezembro os contratos com os comissionados e servidores em designação temporária será cancelado e o receio é que serviços básicos, como coleta de lixo, disque silêncio e salva-vidas sejam suspensos na alta temporada.
A população do município segue indignada com o desfecho da eleição e com a desinformação sobre o caso. Edson Magalhães recebeu 39.027 votos na eleição do dia 7 de outubro. Os votos dele, porém, foram anulados, porque o TSE reafirmou a decisão do TRE de que o prefeito estaria disputando um terceiro mandato.
Veja mais notícias sobre Política.
Comentários: