Quinta, 28 Março 2024

Juiz eleitoral suspende divulgação de pesquisa da Futura em Nova Venécia

O juiz eleitoral Marcelo Faria Fernandes, da 30ª Zona Eleitoral de Nova Venécia (noroeste do Estado), determinou a suspensão da divulgação dos resultados da pesquisa eleitoral feita pelo Instituto Futura no município. O levantamento que seria divulgado nesta segunda-feira (1) só poderá ser revelado após a regularização no registro da pesquisa. Na ação, a coligação do atual prefeito, Wilson Luiz Venturim, o Japonês (PP), levantou o histórico de fraudes da empresa nas últimas eleições municipais. 



Na decisão liminar prolatada na última sexta-feira (28), o magistrado considerou que a suspensão da divulgação tem o objetivo de “impedir a perpetração de maiores prejuízos às partes envolvidas no processo eleitoral”. Faria Fernandes entendeu que o levantamento das intenções de votos não atendeu às exigências legais para a publicação pelo jornal local A Notícia, que contratou a pesquisa. 



De acordo com informações da Justiça Eleitoral, a direção do jornal foi comunicada da decisão ainda na semana passada. O Instituto Futura recorre da decisão no juízo local. O caso está atualmente sob vista do Ministério Público Eleitoral (MPE). Nas redes sociais, correligionários do adversário do prefeito, Lubiana Barrigueira (PSB), afirmam que a pesquisa será publicada nesta quinta-feira (4), porém, o recurso ainda será analisado pela Justiça. 



A participação do Instituto Futura nas pesquisas em Nova Venécia é alvo de polêmica desde o pleito de 2008. Por conta de fraudes comprovadas, os diretores do Futura respondem a uma ação penal na Justiça Eleitoral. Naquela eleição, as investigações da Polícia Federal mostraram a manipulação de dados contra Japonês, que enfrentava o então prefeito. Logo após identificar as irregularidades, a PF indiciou os diretores do instituto (João Gualberto Moreira Vasconcelos e José Luiz Soares Orrico).



No recebimento da denúncia, o juiz levou em conta os relatos de testemunhas que confirmaram a presença do então candidato, o ex-prefeito Valter De Pra, durante os trabalhos de coleta dos dados.  Também pesou na decisão do juiz o resultado do inquérito policial que apontou possíveis irregularidades na ocasião da divulgação da pesquisa, bem como a manipulação dos dados coletados pelos pesquisadores.

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