Novo prefeito não deve ingerir na escolha de presidente da Câmara
Depois de quatro mandatos de vereador na Câmara de Vitória, o prefeito eleito Luciano Rezende (PPS) não deve impor um nome para presidir a Casa. Essa é a impressão nos bastidores da movimentação que escolherá o novo presidente da Câmara no próximo ano.
A expectativa é de que o nome que presidirá a Casa nos próximos dois anos deve sair do grupo de vereadores que tiveram uma queda na votação em relação à disputa de 2008, em um movimento de autoproteção, como já aconteceu no passado. Por parte do Executivo, a necessidade de harmonia entre os poderes para garantir a governabilidade do prefeito deve prevalecer no acompanhamento das movimentações do legislativo.
O episódio da derrubada do veto do prefeito João Coser (PT) a um projeto de lei que garantia o 14º salário aos professores da rede municipal foi um indício de que a possibilidade de o vereador Fabrício Gandini (PPS), autor do projeto, se candidatar ao cargo, ficaria inviável neste primeiro momento.
Na Casa, há uma tendência em rejeitar tanto o nome de Gandini, como dos outros dois vereadores mais bem votados nesta eleição – Max da Mata (PSD) e Serjão Magalhães (PSB) –, porque para os vereadores seus projetos têm um cunho mais pessoal do que o fortalecimento do coletivo na Câmara.
Os vereadores no governo de João Coser acumularam desgaste vindo dos problemas com a administração. Por isso, devem mudar suas posturas nesta legislação. Nesse sentido, ganha destaque no plenário os vereadores que têm perfil independente.
Nos bastidores, um desses nomes é o do vereador reeleito Namy Chequer (PCdoB), que não desagrada o governo nem entra em atrito com os colegas. O atual presidente da Casa, Reinado Bolão (PT), é outro que pode ter chances. Apesar de ser do mesmo partido de Coser, Bolão não se posicionou de forma subserviente ao governo e também tem uma administração positiva entre os vereadores.
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