A Comissão de Relações Exteriores (CRE) que tanto deu visibilidade ao senador Ricardo Ferraço não é mais prioridade do PMDB. O partido, que detém a maior bancada do Senado, não brigou pela comissão de Ricardo. E olha que coube ao líder do PMDB, Eunício de Oliveira (CE) fechar um acordo em torno das nomeações e ele optou pelo critério da proporcionalidade.
Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Sociais (CAS). Os nomes dos senadores peemedebistas Garibaldi Alves (RN), Edison Lobão (MA) e José Maranhão (PB) estão cotados para a CCJ. O PMDB deve definir as acomodações ainda nesta quarta-feira (25).
O interessante da movimentação foi o fato de o PSDB ter ficado com a Comissão de Relações Exteriores (CRE), que deve ser presidida por Aloysio Nunes Ferreira (SP). Foi justamente com o PSDB que Ricardo Ferraço se uniu para tentar colocar o nome na disputa da presidência do Senado.
Ricardo não conseguiu alavancar a candidatura e ainda saiu desgastado com boa parte da bancada, que apoiou o presidente Renan Calheiros (AL). Isso prejudicou as movimentações do senador capixaba, principalmente no rateio de comissões.
A Comissão de Relações Exteriores (CRE) colocou Ricardo Ferraço na mídia em vários episódios, o que lhe garantiu visibilidade também no Espírito Santo. O episódio de maior repercussão foi o resgate do senador boliviano Roger Molina, que rendeu grande exposição para o senador capixaba e também a antipatia do Planalto, já que a atabolhoada operação quase causou um incidente diplomático entre os dois países.
O senador que disputa a reeleição ao Senado em 2018 ou pode tentar pleitear outro cargo no Estado, precisa manter o capital em alta e a visibilidade em dia para se manter no campo de interesse do eleitor.

