Apesar das promessas, Sesa mantém Ferroviários com as portas fechadas
Segue fechado o Hospital dos Ferroviários, em São Torquato, Vila Velha. Nesta sexta-feira (5), faz 44 dias que a unidade está fechado, funcionado apenas para o atendimento de hemodiálise. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), não há previsão para reabertura do hospital. De acordo com o subsecretário de Estado da Saúde para Assuntos de Regulação e de Organização da Atenção à Saúde, Geraldo Queiroz, devido às irregularidades administrativas, não há como garantir o repasse de verba pública à instituição.
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa enviou um ofício à Sesa cobrando informações sobre as medidas que o Estado está adotando para reabrir o hospital. Segundo o presidente da Comissão, deputado Hércules Silveira (PMDB), com o hospital fechado, deixam de ser realizadas uma média de seis mil consultas por mês e 40 cirurgias diárias. Na avaliação do deputado, o governo é tímida a mobilização do governo para solucionar o problema, que prejudica não só a população canela-verde como a de outros municípios vizinhos que recorrem ao hospital.
“Infelizmente está tudo muito parado. Na Sesa a informação é que o hospital está inadimplente com alguns documentos e se o repasse for feito, o ato pode ser enquadrado como improbidade administrativa”, ressaltou o deputado.
Desde o fechamento do hospital, o deputado defende uma intervenção na instituição para garantir o atendimento à população.
A reabertura do Hospital dos Ferroviários foi discutida em audiência pública na Assembleia Legislativa com a presença do Secretário de Estado de Saúde, Tadeu Marino, no dia 12 de março. Na ocasião, Marino afirmou que reabriria o hospital quando o mesmo se adequasse à composição de sua equipe médica e promovesse melhorasse nos procedimentos de esterilização de materiais.
Porém, segundo o diretor do Hospital dos Ferroviários, Hélio Couto, as melhorias só serão possíveis se o governo retomar os repasses. O próprio Couto declarou que é favorável a uma intervenção, mas não concorda com a maneira como a Sesa interrompeu os repasses.
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