Quinta, 25 Abril 2024

Governo pode pagar salários atrasadas para reabrir Hospital dos Ferroviários

A promotora Inês Thomé Poldi Taddei, do Ministério Público Estadual (MPES), vai propor à Justiça o pagamento dos funcionários do Hospital dos Ferroviários que não recebem salário desde dezembro de 2012, seja feito por meio de indenização. A proposta surgiu durante uma reunião entre representantes do MPES, Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), que discutiram a reabertura do hospital. A informação é do deputado Hércules Silveira (PMDB), que vem articulando a reabertura do hospital, que funcionava em em São Torquato, Vila Velha.

 

O parlamentar afirmou que o dinheiro para o pagamento dos funcionários virá  da verba destinada pelo Estado ao hospital. O repasse do recurso foi suspenso após a descoberta de irregularidades administrativas na instituição. 

 

Pela proposta, o governo do Estado iria utilizar o dinheiro  retido em caixa desde o ano passado para pagar os funcionários, sobretudo os de serviço geral, que se encontram em situação financeira mais complicada. “Eles estão empregados, mas em condições de desempregados, ou seja, não tem o direito ao auxílio desemprego por estarem com a carteira assinada pelo hospital”, ressaltou Hércules Silveira. Sem receber salários, muitos funcionários se queixam que estão passando necessidades, inclusive alimentícias.

 

Além disso, disse o deputado, o débito trabalhista do Hospital vem afastando possíveis novos administradores, dificultando ainda mais o processo de reabertura. 

 

“Pode até mesmo ser o Estado, através de uma Organização de Saúde (OS), que passe a administrar o hospital. Não sabemos isso ainda. O importante agora é solucionar a questão trabalhista para apressar a reabertura do hospital”, disse o deputado. 

 

Hércules afirmou que  a medida é emergencial e visa, sobretudo, tirar os trabalhadores das condições atuais e permitir novamente o atendimento de pacientes na instituição. A promotora Inês Taddei, segundo o deputado, prometeu correr com os procedimentos jurídicos para tentar efetivar o pagamento dos trabalhadores.  

 

Ao todo, o hospital recebia cerca de R$ 500 mil do governo federal e outros R$ 900 mil do Estado para manter os serviços, que deixaram de ser repassados porque foram identificados desvios de verba pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que administrava o hospital. 

 

“Há muitas irregularidades sérias neste caso. Isso será apurado, mas a prioridade é reabrir o hospital e garantir os atendimentos novamente. Depois discutiremos quem irá administrar e como isso será feito”, afirmou Hércules. 

 

Antes do fechamento, o Hospital dos Ferroviários realizava em média seis mil consultas por mês e 40 cirurgias por dia. A instituição também era referência em cirurgia buco-maxilo-facial, no tratamento de pacientes crônicos, no setor de tratamento avançado de feridas e de diabéticos. 

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