Quarta, 17 Abril 2024

Crime do sindicalista: executor ainda está foragido

Crime do sindicalista: executor ainda está foragido

Na próxima terça-feira (30) completa um mês da fuga de Diego Ribeiro Nascimento, acusado de ser um dos executores do sindicalista Edson José dos Santos Barcellos. Ele fugiu do Hospital São Camilo, em Aracruz (norte do Estado), para onde havia sido levado com quadro de infecção urinária. 

 
A operação da Polícia Civil colocada em prática para a recaptura do detento – que é considerado de alta periculosidade – ainda está em andamento, mas ainda não localizou o foragido. Depois de ser comunicada sobre a fuga, duas equipes da Polícia Civil foram destacadas para realizar as buscas a Diego. 
 
As informações iniciais davam conta que ele estava se encaminhando para Conceição da Barra (norte do Estado), mesmo município em que o sindicalista foi morto em julho de 2010, tendo se refugiado em um distrito de lá. Apesar dessas informações, Diego ainda não foi localizado.
 
As circunstâncias em que se deu a fuga também levantam questionamentos. O detento, no momento em que evadiu do hospital, estaria acompanhado de apenas um agente de escolta e sem algemas. Ainda existe a informação que o agente teria dado quatro versões diferentes para a fuga. 
 
A fuga de Diego Ribeiro se revela um dos tantos casos que ocorrem em crimes relacionados ao prefeito reeleito de Conceição da Barra, Jorge Donati (PSDB). Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado como mandante do crime do sindicalista. Em todos os crimes em que o prefeito é apontado pela Justiça como parte, ocorrem crimes paralelos envolvendo participantes que não são relacionados a ele, enfraquecendo a acusação.  
 
De acordo com o delegado Leandro Barbosa, do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Aracruz, o inquérito que apura a fuga de Diego está em sigilo, principalmente pela natureza do crime a que o foragido responde. 
 
Participação 
 
O foragido Diego Ribeiro Nascimento, acusado de ser um dos executores, em depoimento à Polícia Civil, confessou que foi contratado por intermédio de Oséias Oliveira da Costa para matar o sindicalista, pela quantia de R$ 7 mil, “a mando de um peixe grande que chamava Jorge Donati”. O outro investigado pela autoria do crime é Rodolpho Nascimento do Amaral Ferreira.
 
Após matarem o sindicalista, os dois pistoleiros teriam seguido para o município de Aracruz para se livrar do carro da vítima. O corpo foi “desovado” em local ermo e eles atearam fogo no Santana do sindicalista, para dificultar as investigações da polícia.
 
As duas armas utilizadas no crime, segundo a denúncia do MPES, foram fornecidas por Janes Antônio de Almeida e Rondinelli Ribeiro do Nascimento Amaral.
 
Donati fora preso preventivamente no final do ano passado e em janeiro deste ano acusado de envolvimento no crime. A segunda prisão de Donati foi motivada pela morte de uma das testemunhas do crime do sindicalista, Mateus Ribeiro dos Santos, o Mateusão, que foi executado em Linhares, após denunciar que o prefeito de Conceição da Barra estava envolvido com o crime.

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