Gilson Lopes propõe mutirão no sistema penitenciário
Na sessão ordinária desta terça-feira (16) da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Gilson Lopes (PR) novamente se pronunciou sobre a situação do sistema penitenciário do Estado. O tema, que já tem sido movimentado com o debate sobre a abertura de penitenciárias em regime semiaberto, ganhou novos ares.
Gilson afirmou novamente que a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) tem fechado os olhos para os pronunciamentos e as movimentações do Legislativo estadual sobre a questão penitenciária. “Se o governo do Estado e a Sejus tivessem atenção para o que estamos falando, vão ter um alívio no sistema prisional”, disse o republicano.
O deputado sugeriu ao governo um “mutirão” no sistema, para resolver questões de superlotação e irregularidades em prisões. Segundo ele, há diversos casos de presos com prazos extrapolados, além de pessoas que estão e foram presas injustamente em todo o Estado, que hoje atinge o índice de 14.500 presos.
Gilson afirmou que suspeitos de crimes, antes de receberem o julgamento, ficam presos por até dois anos e depois disso são considerados inocentes. Isso gera um amontoado de ações contra o poder público, exonerando o Estado e acumulando processos.
Na última semana, Gilson Lopes já havia criticado duramente a proposta governamental de abertura de duas unidades prisionais em regime semiaberto, a Penitenciária Semiaberta de Cariacica (PSC) e a Penitenciária Estadual de Vila Velha III (PEVV III). Segundo o deputado, é sabido que este tipo de regime não traz ganhos para a segurança e, inclusive, aumenta os índices de roubos e furtos nas áreas próximas.
Gilson recebeu do líder do governo na Assembleia, o deputado Sérgio Borges (PMDB), uma nota técnica sobre o projeto. Nesta terça-feira, ao comentar sobre o documento, afirmou que o secretário de Estado de Justiça, André Garcia, “deveria ter vergonha de assinar a nota”.
Na terça-feira da semana passada (9), quando o republicano fez o pronunciamento, o deputado Sandro Locutor (PV), relator do projeto, solicitou o prazo regimental de três sessões ordinárias para concluir o seu parecer. Com isso, a votação deve ocorrer nesta quarta-feira (17), quando termina o prazo.
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