Segunda, 06 Mai 2024

Proposta do Branco do Brasil não atende às reivindicações da categoria

Na última sexta-feira (03), após a rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Banco do Brasil apresentou uma nova proposta ao Comando Nacional dos Bancários para as revindicações específicas do funcionalismo. Entre os pontos apresentados está reajuste maior no piso refletindo na tabela de antiguidade do Plano de Carreira e Remuneração (PCR) e também na carreira de mérito. Apesar de atender a alguns itens da pauta de reivindicações, a proposta do banco ainda não contempla os anseios da categoria.
 
O Banco do Brasil afirmou que irá ratificar o índice de 8,5% (2,02% de aumento real) nos salários e benefícios apresentado pela Fenaban, assim como conceder reajuste de 9% (2,49% acima da inflação) do piso em toda a carreira do PCR. O BB também propõe incluir no Acordo Coletivo da categoria a volta da substituição dos gerentes de módulo nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO) e nas agências que têm somente uma gerência média.
 
“A proposta não atende às principais reivindicações da categoria. O que foi colocado como positivo em relação às substituições ainda é muito pouco. Além disso, não houve avanços no interstício sobre o plano de cargos e salários”, destaca a diretora do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) e bancária do BB, Goretti Barone.
 
Sobrecarga de trabalho
 
Com a falta de funcionários, os bancários sofrem com a sobrecarga de trabalho e a pressão para alcançar as metas. Na rodada de negociação, a proposta do BB foi a de contratar 2 mil funcionários até 31 de dezembro de 2015. No entanto, esse ainda é um número insuficiente, uma vez que hoje o déficit é de 7,2 mil empregados no país. O Departamento das Estatais (Dest) já autorizou a contratação de bancários para que a dotação seja de até 120 mil empregados.
 
“O número de novas contratações proposto pelo banco é insuficiente, não cobre o déficit atual. Os bancários estão adoecendo devido à sobrecarga de trabalho e à pressão por metas. Contratar novos funcionários significa oferecer melhores condições de trabalho, além de um atendimento digno aos clientes. Por isso, é de extrema importância que os bancários do BB participem da assembleia nesta segunda-feira para avaliar essa proposta. Temos que arrancar outra negociação com o Banco, para garantir nossos direitos”, enfatiza Goretti.
 
Para combater o assédio moral e sexual, a proposta do BB foi a realização de cursos sobre os temas, incentivando a participação de todos os funcionários, com pontuação para as concorrências a funções gerenciais. A diretora do Sindibancários destaca, no entanto, que cursos como esses deveriam estar obrigatoriamente na programação dos cursos preparatórios dos gestores dos bancos e não na pauta do Acordo Coletivo.
 
Assembleia
 
Na noite desta segunda-feira (6), no Centro Sindical dos Bancários, vai ser realizada uma assembleia para analisar as propostas da Fenaban e do Banco do Brasil. 
 
A proposta da Fenaban eleva de 7,35% para 8,5% (aumento real de 2,02%) o índice de reajuste nos salários e demais verbas salariais, de 8% para 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos e 12,2% no vale-refeição.   
 
O Comando Nacional dos Bancários, por decisão da maioria, orientou a aprovação da proposta. O coordenador geral do Sindbancários, Carlos Pereira de Araújo, o Carlão, que representa a Intersindical no Comando Nacional da categoria, votou pela rejeição.
 
“Tivemos alguns avanços na pauta econômica, mas demais eixos ficaram de fora, como o combate às metas e ao assédio moral, igualdade de oportunidades e a garantia do emprego, fim da rotatividade e mais contratações. Fizemos um movimento nacional que não é só por salário, mas por dignidade e melhores condições de trabalho, e essas questões não foram atendidas, por isso votamos contra a proposta”, argumenta Carlão.
 
Em relação às propostas específicas dos bancos públicos federais, Carlão diz que também ficaram aquém do esperado. “Nas negociações específicas não tivemos avanços em pontos fundamentais, como isonomia, fim da lateralidade e contratação de mais empregados. Além disso, o governo deu tratamento diferenciado para BB e Caixa”. 

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