Sexta, 26 Abril 2024

Armadilhas

Para os meios políticos, a declaração de Lelo Coimbra à imprensa de apoio a Renato Casagrande foi vista como uma armadilha, na qual o governador não está disposto a cair. Na movimentação do deputado federal e presidente regional do PMDB, ficou a impressão de que “nós queremos estar com ele, quem está rachando é o governador”. Mas não é bem assim, e Casagrande precisará de um bom jogo de cintura para contornar a situação.



Enquanto manda seus aliados darem declarações de amor eterno ao governador, o antecessor do socialista, Paulo Hartung (PMDB), corre atrás do prejuízo. Tenta sair da eleição deste ano com o maior número de vitórias possíveis Estado adentro. Para isso, escolhe muito bem em que palanque subir. Por enquanto não deu as caras na Grande Vitória, já que por aqui é muito difícil apostar em um palanque como vencedor. Mas está tirando muitas fotos com futuros vencedores para compartilhar vitória e sair fortalecido das eleições deste ano. E se por um lado aproxima Lelo, que está queimado, e Ricardo Ferraço (PMDB), que não convence em declarar apoio a  Casagrande, infla o homem-bomba da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), para acirrar os ânimos com o Palácio Anchieta.



Mas Casagrande, aparentemente, não está sendo atraído pelo canto da sereia. Continua tocando seu projeto de forma interna e discreta, mas por sua atuação em 2010, é melhor não acreditar que o governador vai aceitar  a movimentação de seu antecessor e muito menos ser jogado na cova dos leões.



Se fosse outra liderança, a movimentação de Hartung seria vista como um golpe de mestre. Mas em se tratando de Casagrande e de sua atuação no passado, é cedo demais para que o grupo de Hartung ache que já venceu esse cabo de guerra interno. Quando menos esperar, Casagrande poderá dar a volta por cima, como fez naquele abril de 2010. O jeito é esperar para ver quem se sai melhor nessa batalha.



Fragmentos:



1 – Há uma tentativa de criar em torno do vice-governador Givaldo Vieira (PT) uma áurea de grande liderança política, que ele não tem. Sem uma atuação ativa, como tinham os vices de Hartung, o petista não pesa muito nos palanques.



2 – A estratégia vem sendo a de ligar a imagem de Givaldo à de Casagrande, mas pelo desempenho do vice nas raras interinidades e pela falta de afinidade entre ele e o titular do cargo, não vai colar.



3 – Aliás, no município da Serra, há quem diga que Givaldo é jabuti na árvore. Como jabuti não sobe em árvore...






 

Veja mais notícias sobre Colunas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 26 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/