Deixa beijar
Como tem dia pra tudo, que longo é o ano e curta a vida, dia 13 de abril é o dia do beijo. Nada melhor do que comemorar a data - que até merecia um feriado - distribuindo beijos por aí. Mas cuidado, beije apenas as pessoas conhecidas e que tenham sido informadas do grande dia. E como tem regras pra tudo, o beijo também deve obedecer a algumas normas e critérios, geralmente postados na Internet para o bem de todos.
Não há limite para o número de beijos que podem ser dados, mas aja com bom senso; não é exigido, mas recomendável, que se limite o número de pessoas a serem beijadas; quem não tem uma pessoa especial na vida, pode beijar as menos especiais; não há restrições de local para o beijo; é permitido, mas não obrigatório, acompanhar o beijo com flores e mimos; oficialmente, a data é para dar beijos, recebê-los é opcional.
Se achar que essas regras são rígidas, veja essa de 1957: “Em um dia agradável da semana passada, perfumado pelas flores, nas praias em forma de lua crescente do Rio de Janeiro, o Inspetor Carlos Santos, do Departamento de Costumes e Diversões, concedeu entrevista à imprensa, com ordens do alto poder para acabar de vez com as cenas de amor em público”.
“O inspetor definiu as novas regras do beijo na capital do carnaval: 'O beijo puro, como chamamos o beijo oficial, na face ou na mão, será permitido. Mas o chamado ‘beijo americano’, que desperta outras intenções e é chocante em público, será suprimido’”. Portanto, houve um tempo em que beijar em público era proibido. Hoje em dia, esse tal beijo ‘chocante’ é chamado de beijo francês, mas foi inventado em Hollywood.
O cinema também tinha regras rígidas para o beijo, e os cola-bocas dos filmes antigos, que causavam tanto frisson na plateia, eram de boca fechada. Ah, como evoluíram! Listas dos melhores beijos de Hollywood abundam na Internt e cada vez aumentam mais, pois cada um tem seu beijo favorito. Longa é a imaginação dos diretores , mas a nossa é maior ainda. Entre os grandes beijos da tela destaco alguns que acabaram com e em grandes casamentos.
O primeiro beijo entre o “Sr. e Sra. Smith” deu no que deu, mas o casal mais famoso de Hollywood, cognominado Brangelina, não inovou. Elizabeth Taylor e Richard Burton também jogaram tudo pro alto depois do primeiro beijo em “Cleópatra”, e antes deles Lauren Bacall e Humphey Bogart juntaram o endereço depois do primeiro beijo em “Uma aventura na Martinica”.
Mas tem coisas menos românticas sendo lembradas no mês de abril. Dia 23 nasceu William Shakespeare, que soube explorar o beijo; dia 26 aconteceu o motim do HMS Bounty. Há muitos filmes sobre o evento, mas o beijador Marlon Brando fez um Fletcher Christian melhor do que o original. E o Titanic foi por água abaixo sem o famoso beijo entre Leonardo e Kate.
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