Quarta, 01 Mai 2024

Depois de ação ilegal, Grupo de Trabalho fará estudo para abertura de trilha na Fonte Grande

Depois de ação ilegal, Grupo de Trabalho fará estudo para abertura de trilha na Fonte Grande

Um estudo de espaço adequado para trilhas no Parque Estadual da Fonte Grande, em Vitória, está sendo elaborada por um Grupo de Trabalho e deverá ser finalizada em meados do mês de fevereiro, como informa a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam). O estudo respeitará as exigências do plano de manejo do parque.



Além do estudo, será elaborada também uma proposta de recuperação para a área degrada pela prática não autorizada do ciclismo, registrada em outubro de 2013 no parque. Ambas as propostas serão posteriormente apresentadas ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema). A secretaria comunicou que técnicos fizeram uma vistoria no local impactado pela abertura não autorizada de trilhas e constataram que o impacto da ação foi de pequena monta.



A trilha usada por ciclistas para a prática de mountain bike no interior do Parque da Fonte Grande foi aberta sem nenhuma consulta ao conselho gestor do parque ou à coordenação de áreas protegidas . Se houvesse consulta a esses órgãos, a atividade poderia, até mesmo, ser autorizada.



A atividade ilegal chegou a ser flagrada também no Parque Paulo César Vinha, em Guarapari, e na Reserva Biológica (Rebio) Duas Bocas, em Cariacica. O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), responsável por ambas as unidades, informou que desde que Século Diário publicou uma matéria sobre o mesmo problema nessas unidades de conservação, não foi registrado mais nenhum ciclista nas unidades. Duas Bocas ainda sofre com a entrada de pedestres sem autorização, já que o espaço de uma Rebio não é aberto à visitação. O Iema também informou que os gestores desta reserva abriram um inquérito na Polícia Civil contra os ciclistas.



A trilha do Parque da Fonte Grande reutiliza o mesmo local onde, na década de 1980, foi aberta uma estrada que daria acesso a um loteamento que seria construído na atual área do parque, mas que foi impedido como resultado de uma ação civil pública. Edson Valpassos, presidente da AAPFG, registra que, especificamente nesse local, a trilha não poderia ser aberta por conta da degradação já sofrida anteriormente. Entretanto, se fosse elaborado um parecer técnico, a viabilidade da atividade poderia ser avaliada e, então, autorizada em outro local.



O conselho do parque e a Associação dos Amigos do Parque da Fonte Grande (AAPFG) afirmam que, de modo algum, são contrários à atividade, desde que ela seja devidamente autorizada pelos órgãos competentes.



O Movimento Ciclistas Urbanos Capixaba (CUC) reforça que é favorável ao esporte e inclusive quer praticá-los, desde que este seja praticado em locais planejados e autorizados para tal fim e conforme a legislação vigente em cada parque. Eles lembram que, à exceção da Rebio, onde o nível de restrição para preservação ambiental é maior, existe a possibilidade de que a prática seja implementada nos outros locais, desde que com a devida autorização do conselho gestor. O grupo que pratica as atividades nas reservas não tem relação com o CUC.

 



Ciclistas rebatem acusações

O Bike Park Fonte Grande e a União dos Ciclistas Capixabas (Unibikes), entidades que possuem membros praticantes da modalidade no Parque, alegaram que a trilha, aberta há anos, foi apenas usada pelos ciclistas, sem que esses praticassem qualquer atividade de dano ambiental na unidade de conservação. Eles ainda opinaram que o Parque da Fonte Grande é pouco explorado para atividades como o ciclismo.

Veja mais notícias sobre Meio Ambiente.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 02 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/