Sábado, 04 Mai 2024

Mudas de orquídeas em risco no Parque Goiapaba-açu

Mudas de orquídeas em risco no Parque Goiapaba-açu
Mudas de orquídeas nativas da Mata Atlântica capixaba estão abandonadas no Laboratório de Reprodução Vegetal do Parque Municipal do Goiapaba-açu, localizado no distrito de Irundi, em Fundão. Segundo moradores locais, desde a entrada da nova gestão desta prefeitura, que administra o parque, as estruturas estão em estado total de abandono. O único funcionário do parque é um zelador.
 
Devido à falta de investimentos na pesquisa e manutenção do acervo de mudas, a maioria dessas plantas está sendo perdida. O engenheiro agrônomo Fernando Pratti, que participou do desenvolvimento de pesquisas no parque, relatou que as últimas mudas haviam sido produzidas em 2009, quando foi iniciado o último trabalho no local.
 

Ele relatou que os exemplares criados em frascos – que podem dar origem a até mil mudas – levam um tempo estimado de um ano e meio para poderem ser transferidos à natureza ou repassado a agricultores da região – tempo esse que não foi completado enquanto os pesquisadores ainda trabalhavam no local.



Fernando estima que a perda seja de mais de 10 mil mudas de orquídeas nativas, sendo que a capacidade de produção do Laboratório de Reprodução Vegetal era de cerca de 10 milhões de mudas por ano.
 
O engenheiro agrônomo disse que o parque foi criado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) na primeira metade dos anos 2000, com a intenção de fornecer mudas de orquídeas para manutenção da Área de Proteção Ambiental (APA) de Goiapaba-Açu, que circunda o parque e é aministrada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Seama).



As mudas também seriam oferecidas para os agricultores para uso comercial. Eles chegaram a participar de cursos de reflorestamento e de aproveitamento comercial das orquídeas. Ainda não tinham sido feitos trabalhos de recuperação de espécies em extinção, mas havia a intenção de realizá-los.



Segundo Fernando, os programas estaduais, como o Caminhos do Campo, não chegam à APA. Os moradores pontuam que o MMA não prestou assistência além da implantação da sede do parque.

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