Segunda, 06 Mai 2024

​Em queda, bolsonarismo investe em aliados para garantir vitória em 2022

lorenzopazolini_tatibeling_ales Tati Beling/Ales

A aparente subida acelerada do deputado Lorenzo Pazolini (Republicanos) na preferência do eleitor na corrida à prefeitura de Vitória, como mostra a última pesquisa Futura/Folha Vitória, se encaixa no reforço decorrente da estratégia visando sedimentar terreno para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022. Sem partido e sentindo a queda do apoio popular, o presidente aposta nos partidos aliados, resguardando-os, porém, de declarar uma ligação mais explícita com o presidente, como ocorre na campanha do delegado. 

No entanto, existe um vínculo selado na alta cúpula de partidos como o Republicanos, leia-se o empresário Edir Macedo, dono da Igreja Universal e da TV Record, e Jair Bolsonaro, para eleger prefeitos de capitais e de cidades importantes no país. Não sem motivo, o Republicanos é visto como o partido do presidente da República, por abrigar seus familiares, inclusive um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, embora seu pai ainda permaneça sem filiação partidária.

Desde 2018, vêm sendo realizados contatos entre o presidente do partido e deputado federal Marcos Pereira, da Igreja Universal, o também deputado federal Amaro Neto, o estadual Erick Musso, presidente da Assembleia Legislativa, e o presidente da sigla no Espírito santo, Roberto Carneiro, para viabilizar candidatos às eleições municipais, como ponto de partida para as eleições gerais em 2022, com Jair Bolsonaro liderando, em busca de se manter no governo.

Ganhar a prefeitura de Vitória é essencial para as eleições de 2022, por servir de barreira a outras investidas, entre elas a do Palácio Anchieta, que poderá reunir Renato Casagrande como candidato ao Senado, mais dois nomes, um para disputar o governo, outro a de vice. Nos bastidores, comenta-se que estão em cogitação os deputados Marcelo Santos (Podemos) e Alexandre Quintino, do PSL, antigo partido de Bolsonaro, como vice. Pazolini representa, segundo os meios políticos, a liderança que contribui para acelerar os movimentos a fim de possibilitar a montagem de uma chapa contrária em 2022, com Amaro Neto candidato ao governo e Erick Musso ao Senado.

Antes disso, porém, Erick terá que ganhar, de novo, a presidência da Assembleia Legislativa, em fevereiro de 2021, cargo também pretendido por Quintino, que seria o candidato de Renato Casagrande. A candidatura de Pazolini está configurada nesse contexto, apta a receber apoio da cúpula nacional, a fim de garantir o comando da Capital do Estado, que pesa na sucessão presidencial.

Com um currículo perfeitamente encaixado no modelo bolsonarista, ele vem ampliando as áreas de apoio, inclusive com o aporte de dinheiro, fator essencial em qualquer campanha eleitoral. Não é à toa, portanto, que ele já recebeu R$ 740 mil da Nacional, estando à frente dos demais concorrentes.

Delegado da Polícia, oposição à gestão Renato Casagrande, do PSB, Pazolini tem o perfil de "mocinho do bem", que agrada em cheio o público evangélico, e um discurso distante dos problemas sociais que afetam as comunidades, que é a cara do bolsonarismo, sem a violência explicitada pelo Capitão Assumção, ex-PSL e atual Patriota, igualmente candidato à prefeitura de Vitória, estagnado em 6 a 7% na preferência do eleitor.

Em junho deste ano, deputados estaduais bolsonaristas atenderam ao pedido que Jair Bolsonaro fez em uma live, de entrar em hospitais para filmar os leitos destinados a pacientes da Covid-19. Carlos Von (Avante), Danilo Bahiense (PSL), Vandinho Leite (PSDB), Torino Marques (PSL) e Lorenzo Pazolini foram, em comissão, ao hospital Dório Silva, no município de Serra, provocando um reboliço até hoje não explicado, que caiu no esquecimento.

Um alinhamento às estratégias do presidente Jair Bolsonaro, que o aproximou da ministra Damares Alves, da Mulher e dos Direitos Humanos, a quem concedeu polêmica homenagem na Assembleia Legislativa e, recentemente, atendeu ao chamado e integrou comitiva no caso da menina de São Mateus de 10 anos, estuprada e grávida, que abortou com autorização da Justiça, contrariando posicionamento da ministra.

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Comentários: 22

Magda Lourdes dos Santos em Segunda, 16 Novembro 2020 10:47

Notícia mentirosa,o Presidente Bolsonaro não está em queda, sua polaridade só cresce em todo o Brasil, fora PT lixo.

Notícia mentirosa,o Presidente Bolsonaro não está em queda, sua polaridade só cresce em todo o Brasil, fora PT lixo.
ERLON JOSE PASCHOAL em Segunda, 16 Novembro 2020 19:36

O Bozolini, fascistoide versão fashion querendo abocanhar a PMV! Quem raciocina, por pouco que seja, fica indignado ao ver tanta gente apoiar esta bestialidade bozonazi que atropela a todos, com bandidos e canalhas da pior espécie tomando tudo de assalto, efetuando o desmanche do país, destruindo os direitos e milicializando as instituições. Como isto foi possível?

O Bozolini, fascistoide versão fashion querendo abocanhar a PMV! Quem raciocina, por pouco que seja, fica indignado ao ver tanta gente apoiar esta bestialidade bozonazi que atropela a todos, com bandidos e canalhas da pior espécie tomando tudo de assalto, efetuando o desmanche do país, destruindo os direitos e milicializando as instituições. Como isto foi possível?
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