Segunda, 06 Mai 2024

No novo cenário para 2014, prejuízo maior fica com Coser

No novo cenário para 2014, prejuízo maior fica com Coser
Os movimentos populares que vêm se intensificando no País desde o início de junho zeraram o jogo político que vinha adiantado para 2014. No Estado, o cenário que se desenha é de desgaste para as lideranças que comandavam as articulações até aqui em nome de seus grupos políticos. Dessas figuras, o maior prejuízo fica para as manobras do ex-prefeito de Vitória João Coser (PT). 
 
Depois de uma movimentação intensa para garantir o controle interno do PT, o que permitiria que ele levasse o partido para o palanque que melhor acomodar seu espaço político, Coser estaria trabalhando com duas possibilidades: a permanência do partido no arranjo do governador Renato Casagrande, ocupando o espaço de vice, ou poderia erguer ao lado do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) um palanque alternativo ao governo do Estado, em que poderia ser vice ou o candidato ao Senado. 
 
Mas fatores externos à discussão do PT, PSB e PMDB comprometem a articulação do ex-prefeito. O primeiro golpe na manutenção desse sistema foi a aparição do palanque do senador Magno Malta (PR), defendendo um espaço exclusivo para a candidatura presidencial no Estado. Espaço privilegiado para o PT, que Casagrande não poderia oferecer, já que seu partido, o PSB, pretende lançar nacionalmente a candidatura do governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência. Casagrande alega que ficaria neutro na disputa, mas Malta oferece exclusividade. 
 
Outro movimento que comprometeu a manobra de Coser foram as investidas do presidenciável tucano, o senador mineiro Aécio Neves, que primeiro assediou o ex-governador para puxar seu palanque no Estado, e depois declarou afastamento do palanque de Casagrande. Isso inviabilizaria a caminhada de Coser com Hartung, já que este estaria ao lado de um tucano, adversário de primeira linha da presidente Dilma Rousseff. 
 
Para complicar ainda mais a situação já delicada de Coser, a queda vertiginosa da popularidade da presidente tira das mãos do PT o capital político do palanque presidencial e, consequentemente, a posição privilegiada do partido nos palanques locais. Assim como Dilma, as lideranças do Estado, sobretudo aquelas que estão na linha de frente do tiroteio com as vozes das ruas, também chegam desgastadas ao processo eleitoral do próximo ano. 
 
Coser, que saiu com seu capital político arranhado da prefeitura, dependia de um parceiro de palanque com capital político elevado para puxá-lo, o que pode não acontecer no próximo ano. 

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