Peritos papiloscópicos do Estado denunciam desvalorização do cargo
Os peritos papiloscópicos do Estado devem intensificar os protestos contra o governo do Estado por conta da falta de investimentos no Departamento de Identificação. A Associação dos Peritos Papiloscópicos do Estado (Appes) alega que o cargo está desvalorizado, em um processo de extinção velada, assim como vem acontecendo com o cargo de fotógrafo criminal.
A entidade salienta que não houve nenhum concurso para o cargo neste governo e não há respeito à autonomia legal dos peritos. A Appes ressalta que vem tentado fazer chegar aos órgãos competentes, como o Ministério Público Estadual (MPES), a situação de perseguição a que os peritos são submetidos.
A Appes também aponta para a usurpação de função, que abre precedentes para o cometimento de fraudes. Em junho deste ano, uma servidora pública do município de Afonso Cláudio, na região serrana, foi presa acusada de vender documentos de identidade por R$ 50. A fraude foi constatada por uma perita papiloscópica com larga experiência em classificações de impressões.
A associação cobra o fim da emissão de documentos de identidade por prepostos, já que a prática facilita que haja fraudes documentais e duplicidade de documentos.
A Appes vem há anos alertando para os riscos de emissão de documentos de identidade feitos por pessoas que não são policiais civis. A operação de bases de dados, segundo a associação, não deve ser feita por pessoas sem comprometimento com o serviço público, já que, além dos dados da população, o sistema também é um catálogo dos detentos do sistema penitenciário do Estado.
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