Os resultados do Espírito Santo no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011, referentes ao Ensino Médio, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), refletem a herança da falta de investimentos na área pelas gestões Paulo Hartung (PMDB). A nota do ensino médio no Ideb 2011 é de 3,6, sendo que a nota de 2009 havia sido 3,8 e foi o pior resultado dentre todos os estados do País.
Já no ano de 2009, o resultado do Ideb demonstrava que o Estado estava na retaguarda em termos de atendimento à educação, setor que forma um dos pilares negligenciados durante o governo Paulo Hartung – entre 2003 e 2010 –, junto com a saúde e a segurança pública. Por ser um setor complexo e que demanda investimentos com resultados a longo prazo, era de se esperar que o primeiro ano do governo Renato Casagrande repetisse o resultado apresentado no governo anterior.
Ao comentar o resultado do Ideb de 2009, o então secretário de Estado da Educação, Haroldo Corrêa Rocha – candidato a vice-prefeito na chapa de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) – justificou a baixa nota no desinteresse dos estudantes do Ensino Médio. Dentre as declarações difundidas pelos veículos de comunicação na época estava a que dava conta que “o jovem deve ser instigado a pensar no futuro (…). No ensino médio há um problema de dedicação do jovem, porque a competição é grande com outros atrativos. A escola é disciplina, é regra. Por isso, ela tem que fazer um esforço para ser um ambiente com disciplina e regras, porém, encantador”.
A falta de investimentos na educação, a carga horária desgastante de professores do Ensino Médio da rede estadual, além da baixa remuneração e do reduzido número de quadro efetivo, acabam por derrubar a nota do Ideb no Estado. O espólio recebido por Renato Casagrande e pelo atual secretário de Estado da Educação, Klinger Marcos Barbosa, mostra que, ao contrário do que apregoava a campanha anterior, a casa não está arrumada, principalmente naqueles setores que mais impactam a população.