Domingo, 28 Abril 2024

Apesar da ameaça nacional, portuários do Estado mantêm cautela sobre greve

Os portuários que atuam no Espírito Santo não têm participação confirmada na greve nacional da categoria anunciada para o próximo dia 19. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários, Portuários Avulsos e com Vínculo Empregatício nos Portos do Espírito Santo (Suport-ES), Ernani Pereira Pinto, disse que há um atraso nas negociações com o governo federal devido à agenda determinada para ouvir empresários e categoria, e que o prazo para definição sobre o movimento é até o próximo dia 20. A categoria contesta a Medida Provisória 595/2012 (MP dos Portos), que reestrutura o setor, e está em tramitação no Congresso Nacional. 



“Na realidade são muitos os ruídos sobre uma greve, porém, ainda estamos em negociação com o governo. O prazo era até o dia 15, mas o relator da MP, Eduardo Braga (PMDB-AM) já propôs um prazo maior que será discutido pela categoria”, contou ele. 

 
Ernani afirmou que Eduardo Braga só irá ouvir os empresários insatisfeitos com alguns pontos da MP após o dia 15 e que apontar uma posição antes disso seria imprudente. 
 
De acordo com o presidente do Suport-ES, a MP tem pontos dos quais o governo federal não abre mão, outros que os trabalhadores propuseram, e ainda os pontos dos empresários que se sentem prejudicados. Todos deverão ser ouvidos pelo relator. O senador Eduardo Braga está tentando avaliar quais das medidas previstas e propostas contemplam a todos, disse Ernani Pereira Pinto. 
 
“Estamos trabalhando para buscar uma solução e dependendo da evolução disso até o dia 15 decidiremos se haverá ou não uma nova greve. Mas enquanto isso, mantemos o estado de greve”, esclareceu. 
 
O governo e os representantes dos trabalhadores do setor portuário fecharam no dia 22 de fevereiro acordo para suspender as greves até o próximo dia 15 de março. O período foi estipulado para a negociação da Medida Provisória (MP) 595/2012, chamada MP dos Portos, que estabelece novo marco regulatório para o setor, mas que enfrenta resistência da categoria. Os trabalhadores acusam a proposta de privatizar a atividade portuária.
 
Entre portuários de outros estados do País, a negociação vem sendo avaliada como devagar. Embora o presidente do Suport-ES afaste a possibilidade uma nova paralisação, o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP), divulgou a data da paralisação e o horário. O objetivo é suspender as atividades em São Paulo por 24 horas no dia 19 de março, a partir das 7 horas. 

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