Comércio permanece de portas fechadas até dia 10
Atualizada às 17h04 de domingo (3)
Serão mantidas até o dia 10, domingo de Dia das Mães, as restrições em vigência para o comércio nos municípios classificados como risco alto de contaminação pela Covid-19, a saber: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Alfredo Chaves e Fundão.
A decisão foi anunciada pelo governador Renato Casagrande (PSB) na tarde deste sábado (2), ao final de uma reunião da Sala de Situação de Emergência em Saúde Pública. Durante os próximos dias, os setores de comércio que estão com portas fechadas – todos, com exceção de lojas de alimentos, medicamentos, produtos veterinários, autopeças, materiais de construção, além dos salões de beleza – continuam podendo comercializar apenas com entregas em domicílio, como já vem sendo feito desde meados de março.Outras duas opções permitidas são: o atendimento individual e agendado, onde o cliente marca um horário para entrar na loja sozinho, independentemente do tamanho do estabelecimento, e, no caso de shoppings centers, o drive-thru, onde o cliente recebe a mercadoria dentro do seu carro, no estacionamento do shopping.
Esse funcionamento controlado deve ser feito no horário de 10 às 16h e não pode envolver funcionários dos grupos de risco: maiores de 60 anos, grávidas e pessoas com comorbidades.
"Estamos testando a capacidade de disciplina dos comerciantes e das pessoas. Isso nos ajudará a estabelecer novas regras quando a ocupação de leitos e o percentual de isolamento social indicarem que podemos dar um passo a mais", comentou.
Para a decisão, foram considerados: a elevação da curva da pandemia no Estado na última semana, que está no auge do primeiro pico da pandemia; a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede de saúde (68% dos atuais 266 leitos); e o percentual de isolamento social no Espírito Santo, hoje em torno de 46%.
"Não é uma decisão só do governador nem sala de situação. Conversei com os cinco prefeitos da região metropolitana, com todos os chefes de poderes e de instituições autônomas, com a bancada federal, ontem e hoje conversando sobre isso", relatou Casagrande.
Mapa de Gestão
Com base nos dados mais recentes da Secretaria da Saúde (Sesa) e no estudo realizado pelo Centro de Comando e Controle (CCC) da Covid-19, o município de Bom Jesus do Norte foi reclassificado para o grupo de Risco Moderado. Outros três municípios (Guaçuí, Marataízes e Presidente Kennedy) saíram de Risco Baixo para Risco Moderado, com base no novo coeficiente de incidência no Estado (69 casos confirmados em relação a 100 mil habitantes).
Ao todo, o Espírito Santo tem sete municípios enquadrados no Risco Alto (Alfredo Chaves, Cariacica, Fundão, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória), 16 em Risco Moderado (Aracruz, Anchieta, Bom Jesus do Norte, Domingos Martins, Guaçuí, Guarapari, Iconha, Ibiraçu, Marataízes, Marechal Floriano, Rio Novo do Sul, Presidente Kennedy, Santa Leopoldina, Santa Teresa, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante) e outros 55 seguem com o Risco Baixo.
Ao todo, o Espírito Santo tem sete municípios enquadrados no Risco Alto (Alfredo Chaves, Cariacica, Fundão, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória), 16 em Risco Moderado (Aracruz, Anchieta, Bom Jesus do Norte, Domingos Martins, Guaçuí, Guarapari, Iconha, Ibiraçu, Marataízes, Marechal Floriano, Rio Novo do Sul, Presidente Kennedy, Santa Leopoldina, Santa Teresa, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante) e outros 55 seguem com o Risco Baixo.
Dividir o ônus
Para que haja futuramente a abertura das portas do comércio nos municípios mais críticos, explicou Casagrande, é preciso achatar a curva da pandemia, reduzir a taxa de ocupação para menos de 50% e aumentar o isolamento social para pelo menos 50% a 55%.
Outra possibilidade, que já está sendo discutida com as federações e outras instituições autônomas, é revezar o ônus. Está sendo estudado se é possível reabrir o comércio mediante o fechamento da indústria ou do setor de serviços ou ambos, por um período de quinze dias, por exemplo. Negociação que passará a ser documentada, como forma de um acordo entre as partes, onde cada um se compromete a cumprir com suas obrigações.
"Temos que ter criatividade pra manter o isolamento social. Se ele for ancorado somente no setor comercial, penaliza muito o comércio de rua, que geralmente é de micro e pequenas empresas", argumentou.
"Precisamos avançar no isolamento social. Há uma semana tínhamos 70% de ocupação dos leitos. Agora avançamos com mais leitos e a taxa é de 68% de ocupação. Está tendo aumento no número de pessoas internadas. Segunda-feira teremos 353 leitos de UTI, mas as contaminações aumentam. É preciso avançar no isolamento. Tem gente que tá contribuindo muito e tem gente que não está contribuindo. Só podemos dar um passo à frente na atividade econômica se houver uma compensação com aumento do isolamento", reiterou o governador.
"É preciso aprender a conviver com a pandemia. Isso será necessário durante todo o ano de 2020 todo e em 2021 também até chegar a vacina. Não teremos provavelmente todas essas restrições durante todo esse tempo, mas nosso novo comportamento se manterá, com distanciamento, afastamento e isolamento", afirmou.
Destacamentos nos municípios
Outra medida que começar a valer na próxima semana é a intensificação da fiscalização sobre aglomerações. Segundo o governador, cada município terá uma espécie de destacamento, com policiais militares e guarda municipal, que abordará as pessoas orientando e, se necessário, punindo, além de receber as denúncias da população através do número de telefone 190, do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes).
"A maior parte das mortes já são em bairros populares. Os bairros mais populares estão com menos isolamento. É bom que explique isso. No mundo todo aconteceu assim. Aqui no ES já está acontecendo. Migrou do litoral da região metropolitana e já avançou pro interior e bairros populares e menos infraestrutura.
Campanhas educativas e controle social
"A pandemia pode alcançar qualquer um. Vamos fazer muitas campanhas de orientação", anunciou Casagrande. "E as pessoas também podem se mobilizar de forma autônoma nos bairros, para conscientização sobre o uso de máscaras e distanciamento", sugeriu. "A sociedade precisa se envolver, não só com denúncia, mas também no trabalho de comunidade, de conversa, de rede social", pediu.
Um milhão de máscaras
O uso de máscaras nas ruas, afirmou Casagrande, não é obrigatório segundo os decretos estaduais, mas é uma "determinação forte", havendo municípios, no entanto, em que o uso é obrigatório. O governo do Estado vai distribuir um milhão de máscaras a partir da próxima segunda-feira (4) nos terminais de ônibus da Grande Vitória, onde se concentram 85% dos casos confirmados.
Na região metropolitana, a pandemia está se movimentando em direção aos bairros mais populares. "A maior parte dos óbitos por Covid-19 hoje já acontecem nos bairros de periferia", destacou.
Respiradores e testes
Neste sábado, chegaram ao Estado 30 dos 59 respiradores comprados para equipar o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, o principal de referência no Estado para a pandemia. "Tivemos que ir à Justiça, a Procuradoria Geral do Estado atuou, conseguiu um acordo na Justiça, e buscamos ontem em São Paulo, com policiais civis escoltando. Até o final de maio vamos receber os outros 29 que faltam", informou.
Nesta data também chegaram da China os 50 mil testes comprados pelo Estado, que haviam sido entregues em outro país. A expectativa é de que na próxima segunda-feira (4) eles estejam no Laboratório Central (Lacen). O Espírito Santo tem feito 3,3 mil testes por milhão de habitantes, uma das maiores taxas do país, acentuou o governador.
Apoio econômico
Casagrande voltou a reconhecer a lentidão na concessão dos financiamentos aos empreendedores diretamente prejudicados pela pandemia. Os cálculos estimam R$ 1 bilhão de prejuízo acumulado pelos lojistas até o momento.
Para que haja futuramente a abertura das portas do comércio nos municípios mais críticos, explicou Casagrande, é preciso achatar a curva da pandemia, reduzir a taxa de ocupação para menos de 50% e aumentar o isolamento social para pelo menos 50% a 55%.
Outra possibilidade, que já está sendo discutida com as federações e outras instituições autônomas, é revezar o ônus. Está sendo estudado se é possível reabrir o comércio mediante o fechamento da indústria ou do setor de serviços ou ambos, por um período de quinze dias, por exemplo. Negociação que passará a ser documentada, como forma de um acordo entre as partes, onde cada um se compromete a cumprir com suas obrigações.
"Temos que ter criatividade pra manter o isolamento social. Se ele for ancorado somente no setor comercial, penaliza muito o comércio de rua, que geralmente é de micro e pequenas empresas", argumentou.
"Precisamos avançar no isolamento social. Há uma semana tínhamos 70% de ocupação dos leitos. Agora avançamos com mais leitos e a taxa é de 68% de ocupação. Está tendo aumento no número de pessoas internadas. Segunda-feira teremos 353 leitos de UTI, mas as contaminações aumentam. É preciso avançar no isolamento. Tem gente que tá contribuindo muito e tem gente que não está contribuindo. Só podemos dar um passo à frente na atividade econômica se houver uma compensação com aumento do isolamento", reiterou o governador.
"É preciso aprender a conviver com a pandemia. Isso será necessário durante todo o ano de 2020 todo e em 2021 também até chegar a vacina. Não teremos provavelmente todas essas restrições durante todo esse tempo, mas nosso novo comportamento se manterá, com distanciamento, afastamento e isolamento", afirmou.
Destacamentos nos municípios
Outra medida que começar a valer na próxima semana é a intensificação da fiscalização sobre aglomerações. Segundo o governador, cada município terá uma espécie de destacamento, com policiais militares e guarda municipal, que abordará as pessoas orientando e, se necessário, punindo, além de receber as denúncias da população através do número de telefone 190, do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes).
"A maior parte das mortes já são em bairros populares. Os bairros mais populares estão com menos isolamento. É bom que explique isso. No mundo todo aconteceu assim. Aqui no ES já está acontecendo. Migrou do litoral da região metropolitana e já avançou pro interior e bairros populares e menos infraestrutura.
Campanhas educativas e controle social
"A pandemia pode alcançar qualquer um. Vamos fazer muitas campanhas de orientação", anunciou Casagrande. "E as pessoas também podem se mobilizar de forma autônoma nos bairros, para conscientização sobre o uso de máscaras e distanciamento", sugeriu. "A sociedade precisa se envolver, não só com denúncia, mas também no trabalho de comunidade, de conversa, de rede social", pediu.
Um milhão de máscaras
O uso de máscaras nas ruas, afirmou Casagrande, não é obrigatório segundo os decretos estaduais, mas é uma "determinação forte", havendo municípios, no entanto, em que o uso é obrigatório. O governo do Estado vai distribuir um milhão de máscaras a partir da próxima segunda-feira (4) nos terminais de ônibus da Grande Vitória, onde se concentram 85% dos casos confirmados.
Na região metropolitana, a pandemia está se movimentando em direção aos bairros mais populares. "A maior parte dos óbitos por Covid-19 hoje já acontecem nos bairros de periferia", destacou.
Respiradores e testes
Neste sábado, chegaram ao Estado 30 dos 59 respiradores comprados para equipar o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, o principal de referência no Estado para a pandemia. "Tivemos que ir à Justiça, a Procuradoria Geral do Estado atuou, conseguiu um acordo na Justiça, e buscamos ontem em São Paulo, com policiais civis escoltando. Até o final de maio vamos receber os outros 29 que faltam", informou.
Nesta data também chegaram da China os 50 mil testes comprados pelo Estado, que haviam sido entregues em outro país. A expectativa é de que na próxima segunda-feira (4) eles estejam no Laboratório Central (Lacen). O Espírito Santo tem feito 3,3 mil testes por milhão de habitantes, uma das maiores taxas do país, acentuou o governador.
Apoio econômico
Casagrande voltou a reconhecer a lentidão na concessão dos financiamentos aos empreendedores diretamente prejudicados pela pandemia. Os cálculos estimam R$ 1 bilhão de prejuízo acumulado pelos lojistas até o momento.
As linhas de financiamento do Fundo de Aval já estão operando, e há muitos pedidos para reduzir a burocracia. Vamos melhorar essas linhas. Mas também já protelamos a cobrança do ICMS por 90 dias e mantivemos as certidões negativas válidas por esse período", relembrou.
Mais 104 casos e 11 óbitos
O Painel Covid-19 deste domingo (3) mostra o registro de mais 104 casos confirmados, 11 óbitos e 19 pacientes curados nas últimas 24 horas, sendo 3.208, 115 e 998 o total até o momento. O Estado já realizou 14.443 testes, sendo 421 desde sábado (2), mostrando a proporção de uma confirmação a cada 4,04 testes realizados. A taxa de letalidade do ES é de 3,58%.Veja mais notícias sobre Cidades.
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