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Comunidade do Cabral teme deslizamento de rocha

Topógrafos da Prefeitura de Vitória visitaram o local e moradores cobram contenção

Após denúncia nas redes sociais sobre a possibilidade de deslizamento de uma rocha na comunidade do Cabral, topógrafos da Prefeitura de Vitória foram ao local nessa quarta-feira (20) e se comprometeram a retornar. A expectativa dos moradores é de que, de fato, seja dado início ao trabalho de contenção da pedra, que consideram ter cerca de 300 quilos.

Foto Leitor

“Os moradores estão receosos, não é uma rocha qualquer, é de grande dimensão. O medo não é só dos moradores do entorno da pedra, mas de outras localidades próximas, pois pode rolar. É uma situação de violação de direitos, de risco”, desabafa Valquíria Santos da Silva Matos, presidente do Instituto Quadro de Esperança, organização do terceiro setor que promove projetos sociais com foco em pessoas em vulnerabilidade social da comunidade do Cabral e região, e entidade que fez a denúncia nas redes sociais.

Valquíria afirma que os moradores temem que a comunidade do Cabral seja um novo Morro do Macaco, referindo-se a uma tragédia ocorrida nesse local em 1985. Hoje conhecido como Alto Tabuazeiro, há 40 anos o bairro sofreu um deslizamento de terra, que destruiu várias casas e fez 40 vítimas fatais, 150 feridos e uma média de 600 famílias desabrigadas.

De acordo com Valquíria, o temor diante da possibilidade de deslizamento não é de hoje, já que, há cerca de três anos, moradores de uma casa ao lado da pedra saíram do imóvel com medo. Há cerca de um mês, relata, os moradores perceberam um certo deslocamento na rocha e outras pedras menores caíram.

A Prefeitura de Vitória, então, foi acionada pelo instituto. Na ocasião, uma casa ao lado da pedra foi interditada, outras foram notificadas e o contato das famílias foi encaminhado para a Defesa Civil, que, no entanto, não havia entrado mais em contato.

Valquíria afirma que a demanda principal da comunidade, no momento, é a contenção da pedra. Entretanto, há também outras reivindicações. Uma delas é a construção de uma praça, já que a comunidade não conta com um equipamento do tipo. A outra é a reforma das escadarias, pois muitas estão esburacadas. Grande parte delas, recorda, foi construída na década de 1980, na gestão do então prefeito Hermes Laranja.

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