Construção civil: trabalhadores recusam proposta dos patrões e seguem com greve
Os trabalhadores da construção civil se reuniram em assembleia na manhã desta quarta-feira (15), para discutir os rumos da greve da categoria. Após votação, os operários optaram por permanecerem em greve pelo menos até o próximo domingo (19), quando realizam mais uma assembleia. Na reunião eles discutiram uma proposta do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon-ES).
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil do Estado (Sintraconst-ES) se reuniram com o Sinduscon nessa terça-feira (14). O sindicato patronal propôs que os trabalhadores retornem ao trabalho mediante reajuste de 7,5% e abono de 2,1%, com pagamento dos dias em que ficaram parados. A proposta foi recusada na assembleia e os trabalhadores optaram por aguardar o julgamento do mérito da ação impetrada no Tribunal Superior do Trabalho (TST) pelo Sinduscon, marcado para setembro.
Os trabalhadores lutam para que seja implementado o reajuste determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-ES), que julgou o dissídio coletivo da categoria em 4 de julho deste ano e fixou o reajuste em 14%. O Sinduscon, no entanto, apelou contra a decisão no TST e conseguiu deferimento liminar suspendendo esse reajuste e determinando manutenção dos 7,5%.
Para a categoria o reajuste de 7,5% não representa ganho real, já que a indústria de construção civil está em plena efervescência no Estado, com grandes investimentos. Os trabalhadores argumentam que, como o setor não apresenta o menor sinal de crise, é possível conceder o reajuste sem prejuízos para a indústria.
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