Servidores públicos estaduais e federais de diversas categorias, estudantes da Universidade Federal do Estado (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), e professores da rede pública fizeram nesta quarta-feira (8) uma passeata em Vitória que reuniu, segundo os manifestantes, mais de 300 pessoas. A manifestação começou pela manhã no Ifes e seguiu até o centro da cidade, onde fechou as portas do Ministério da Fazenda, impedindo a entrada de pessoas e carros no local.
Com diversas pautas de reivindicação, o ato juntou as muitas categorias em greve do Estado, como os trabalhadores do Instituto de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), os três segmentos da Ufes, os servidores do Ifes e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A intenção, segundo Naiara Abdalla, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufes, é explicitar o motivo das mobilizações no Estado. “Viemos aqui para mostrar que a precariedade que existe hoje no funcionalismo público não diz respeito apenas aos trabalhadores, mas sim a todo o povo”, enfatizou.
Os principais pontos da pauta que une as categorias são o reajuste salarial e a melhoria nas condições de trabalho dos diversos setores, que vêm sofrendo com corte no orçamento e a desestruturação das carreiras. É o caso do Incra, por exemplo. Segundo Wilson Martis de Souza, funcionário do instituto, toda a parte operacional está parada após cortes de verbas.
“Há muitos anos esperamos a reestruturação do Incra, mas estamos sendo empurrados, sem dinheiro, para assistência técnica e para desapropriar terras que seriam destinadas à agricultura familiar”, diz ele. Wilson afirma ainda que esse é um dos principais fatos que dificultam o trabalho do instituto, no que diz respeito à reforma agrária, pauta latente no Espírito Santo.
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