Terça, 14 Mai 2024

Prefeito anuncia manutenção do corte da Praça do Cauê

Prefeito anuncia manutenção do corte da Praça do Cauê
Ao que parece, pouco adiantaram os dois debates públicos realizados em agosto passado para discutir o corte da Praça do Cauê, em Praia de Santa Helena, Vitória. Em entrevista à Rádio CBN-Vitória na manhã desta terça-feira (29), o prefeito Luciano Rezende (PPS) voltou a defender a violação de uma das construções mais tradicionais da cidade. Segundo ele, ainda mais agora, com a suspensão do pedágio, Vitória precisa dessa conexão direta com a Terceira Ponte.
 
Em dois debates públicos ocorridos ano passado, um em 12 de agosto e outro em 22 de agosto, moradores de Praia de Santa Helena e bairros vizinhos rejeitaram o projeto que governo estadual e prefeitura apresentaram para a Praça Cristovão Jacques. O que as autoridades travestiram de “revitalização”, a sociedade civil entendeu como corte. 
 
Nos encontros, a sociedade civil criticou o projeto de abertura da praça em várias frentes. Uma obra para deixar os engarrafamentos em linha reta; deixar Vitória com mais ares de mero corredor de passagem; ali é local de lazer para famílias com os filhos; chamou-se o projeto da prefeitura de “gambiarra estilizada”. A praça também foi acolhida pelos ciclistas da cidade, sendo rebatizada de Praça do Ciclista.  
 
Um morador ponderou: “Na verdade, existem dois horários em que há fluxo intenso, entre 7h30 e 9h e entre 18h e 19h. O resto do dia não há fluxo. Então, haverá o corte de uma praça sob a alegação de fluxo pesado intenso em dois períodos do dia”. 
 
A abertura do Cauê associa-se à implantação do sistema BRT (vias exclusivas para ônibus), em que apenas os ônibus utilizariam a via central. Na entrevista desta terça, o prefeito anunciou que a rua do Instituto de Educação Professor Fernando Duarte Rabelo vai virar um calçadão; a via oposta, em estacionamento local. 
 
Apesar do consenso de que a mobilidade urbana de Vitória reclama soluções, naqueles debates a sociedade civil optou pela preservação de um espaço de convivência pública, sem intervenções que, em maior ou menor escala, priorizam os carros. Como bem resumiu uma moradora: “Acho muito difícil ter qualidade de vida com três vias de um lado e três do outro”.

Veja mais notícias sobre Cidades.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Terça, 14 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/