Quinta, 28 Março 2024

Prefeitura contesta atraso em entregas para vítimas das chuvas em Guaçuí

materiaisguacui_vereador_divulgacao Divulgação
O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Prefeitura de Guaçuí contestou, por nota, denúncia do vereador Wanderley de Moraes (PMN), que em vídeo divulgado no último dia 4 mostrou materiais enviados pelo governo do Estado para serem entregues a vítimas das enchentes de janeiro, que permanecem em um galpão. Segundo o denunciante, já se passaram quatro meses, acrescentando que há embalagens de cestas básicas violadas.

Além do vídeo, que viralizou nas redes sociais, o vereador encaminhou ofício à prefeita Vera Lúcia Costa (PDT) solicitando a relação completa dos materiais, com nome e endereço das pessoas beneficiadas, e informou a Século Diário que está de posse de materiais comprobatórios da irregularidade, a fim de responder a uma eventual representação contra ele por parte da prefeitura.

A nota encaminhada a Século Diário informa que "o vereador esteve no local, segundo ele, para vistoriar a estrutura do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). No entanto, [os servidores] foram surpreendidos pela atitude do vereador, que passou a fazer um vídeo ao vivo, pelas redes sociais, para mostrar o restante de um material que está estocado no local destinado a atender algumas vítimas que ainda restam das enchentes".

A prefeitura acrescenta que o vereador alegou que tudo que estava ali não podia ser mantido guardado, há quase quatro meses, sem ser distribuído para a população, "chegando ao ponto de chamar a Polícia Militar para registrar um BO, como se alguma coisa ilegal estivesse acontecendo, colocando em claro constrangimento servidoras que estavam presentes e o atenderam, com toda educação".

"Contudo, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos, Trabalho e Renda (Semasdh), a quem o Cras é subordinado, esclarece que é inverídica a informação que o material enviado para atender vítimas de enchentes, em Guaçuí, estão (sic) amontoados em um galpão. O material citado pelo vereador é um restante a ser distribuído, seguindo as normativas, e estão no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município".

A nota esclarece que para realizar a distribuição dos kits enviados, por meio da Defesa Civil Estadual e Secretaria do Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades), num primeiro momento, foi realizado um mapeamento, com o apoio da Defesa Civil Municipal.

Foram identificadas, prossegue a nota do Cras, 262 famílias atingidas, nos bairros que sofreram com as consequências das chuvas e enchentes no município, em relatório entregue ao Governo do Estado, no dia 28 de janeiro. Os kits chegaram no final de fevereiro, quando a entrega começou a ser organizada.

Segundo os esclarecimentos, apenas 30 famílias ainda não receberam. Isso porque o ritmo de entrega precisou ser diminuído, por causa da pandemia do Coronavírus (Covid-19) e da ação que os profissionais precisaram iniciar em apoio às pessoas que encontram dificuldades para conseguir o Auxílio Emergencial, do Governo Federal. Também foram realizadas ações visando diminuir a aglomeração de pessoas nas filas da Caixa Econômica Federal. Além dessas, há outras que receberam em parte, porque não haviam chegado colchões, cobertores e outros itens antes da entrega de seus kits.

Todas, como garante a prefeitura, estão sendo convocadas de novo para comparecimento e, caso não apareçam, será encaminhado um relatório do que está sobrando no Cras ao Governo do Estado, sugerindo que estes sejam distribuídos para famílias cadastradas no CadÚnico e beneficiadas pelo Bolsa Família. Mas isso só poderá ser feito com a autorização do governo do Estado, por meio da Setades, reitera o documento.


Cras de Guaçuí também afirma que não há kits violados, como diz o vereador, e sim "kits que rasgaram quando foram manipulados durante a entrega realizada, mas não houve qualquer extravio de itens". A prefeitura avisa que os "servidores constrangidos entraram com processos contra o vereador", o que também pode fazê-lo, por considerar que "sua atitude extrapolou seus direitos como edil e cidadão".

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