Prazo dado pela gestão de Pazolini expirou. Vereador diz que vai cobrar respostas
Passado um mês da reunião entre a comunidade do Cabral, em Vitória, e representantes da Câmara e do Executivo, a gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) ainda não apresentou a conclusão dos estudos de intervenção sobre uma pedra na comunidade que corre risco de desabamento. Na reunião realizada no dia 10 de setembro, no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Odília Simões, o prazo dado pela prefeitura foi de 15 a 20 dias.

Na ocasião, participaram do diálogo com a comunidade representantes da Central de Serviços de Vitória e da Secretaria Municipal de Obras (Semob), além dos vereadores Mara Maroca (PP), Ana Paula Rocha (Psol) e Jocelino (PT), que propôs a reunião e tem uma reunião na próxima quinta-feira (16) com o secretário de Obras, Gustavo Perin, e vai cobrar a resolução do problema.
A denúncia sobre a possibilidade de deslizamento foi feita pela comunidade em agosto último, pelas redes sociais. Na ocasião, os moradores afirmaram que o medo não é somente de quem mora no entorno da pedra, mas também de outras localidades, pois a rocha, de cerca de 300 quilos, pode rolar.
Valquíria Santos da Silva Matos, presidente do Instituto Quadro de Esperança, organização do terceiro setor que promove projetos sociais na região e entidade que fez a denúncia nas redes sociais, disse, ainda, que os moradores temiam que a comunidade do Cabral se torne um novo Morro do Macaco. Ela se refere a uma tragédia ocorrida nesse local em 1985. Hoje conhecido como Alto Tabuazeiro, há 40 anos o bairro sofreu um deslizamento de terra, que destruiu várias casas e fez 40 vítimas fatais, 150 feridos e uma média de 600 famílias desabrigadas.
De acordo com Valquíria, o temor diante da possibilidade de deslizamento não é de hoje, já que, há três anos, moradores de uma casa ao lado da pedra saíram do imóvel com medo. Além disso, os moradores perceberam um certo deslocamento na rocha e outras pedras menores caíram. A Prefeitura de Vitória, então, foi acionada pelo instituto. Uma casa ao lado da pedra chegou a ser interditada, outras foram notificadas e o contato das famílias foi encaminhado para a Defesa Civil, que, no entanto, não havia entrado mais em contato.
Outra reivindicação da comunidade é a construção de uma praça. Durante a reunião do dia 10 de setembro, a Central de Serviços se comprometeu a fazer um estudo de viabilidade, no entanto, não deu prazo para apresentação.