Segunda, 20 Mai 2024

Sem proposta da Fenaban, bancários devem parar dia 18

Em mais uma rodada de negociação, nessa terça-feira (4), novamente não houve acordo sobre o reajuste salarial entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que, contrariando as expectativas da categoria, não apresentou nenhuma proposta na reunião. O impasse fez com que o Comando encaminhasse para os sindicatos da base um indicativo de greve por tempo indeterminado, a começar no dia 18 de setembro. Devem ser realizadas assembleias locais para avaliar a indicação e aprovar ou não o movimento grevista no dia 12.

 
Na reunião, que não durou nem 30 minutos, a Fenaban manteve a proposta de 6% de aumento já apresentada anteriormente e que foi completamente rechaçada pelos bancários. Se as perdas inflacionárias forem contabilizadas, o reajuste significaria aproximadamente 0,7% de aumento real. A categoria reivindica um índice de 10,25%, ou seja, a reposição da inflação acrescida de 5%.
 
Além disso, a Federação se recusou a debater as outras pautas da categoria, como a contratação de mais trabalhadores, o fim do assédio moral e das metas e a ampliação do horário de atendimento das agências. Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão), o sentimento da categoria é de indignação.
 
“Ninguém faz greve porque gosta. Acaba sendo uma necessidade para a categoria, diante da intransigência dos bancos em negociar”, afirma. Para ele, o que está sendo discutido supera em muito a questão salarial. “Há uma questão social sendo debatida. Nós queremos que o cliente seja respeitado, com ampliação do horário de atendimento, contratação de trabalhadores e fim do assédio moral”.
 
Segundo Carlão, a categoria também quer debater o papel que o sistema financeiro do País tem cumprido. Há a tentativa de formação de um fórum nacional que discuta a questão. “Com o pagamento de uma dívida pública do tamanho da que temos, da qual os bancos são credores, não sobra dinheiro para os setores de interesse da população, como saúde e educação”, afirma ele. “Os governos têm sido muito bonzinhos com os bancos”.

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