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A função social do jornalismo

O código de ética da profissão ensina que a “função do jornalismo nos regimes democráticos é fiscalizar os poderes públicos e privados e assegurar a transparência das relações políticas, econômicas e sociais”. Parece fácil, mas muitas vezes os veículos de comunicação se afastam desse princípio e deixam de lado o compromisso com o bom jornalismo. 
 
A luta diária dos profissionais que mantêm esse foco pautado na ética é muitas vezes inglória. Nem sempre uma apuração rigorosa, um texto esmerado e uma edição azeitada causam o impacto desejado no leitor. 
 
Mas às vezes também acertamos. O melhor indicador do sucesso de uma reportagem, principalmente para um veículo que há 13 anos se dedica à cobertura regional, não está necessariamente na sua curva ascendente de acesso, mas no cumprimento de sua função social e cidadã. Quando se percebe que o veículo serviu de instrumento para modificar uma realidade, mesmo que de um pequeno grupo, a sensação é de missão cumprida.
 
Deve ter sido essa a sensação do repórter Nerter Samora quando ficou sabendo, durante a audiência pública na noite dessa quarta-feira (21), em Vila Velha, que os moradores dos 11 bairros afetados pelo “linhão” da EDP Escelsa estavam usando as matérias de Século Diário como base para formular denúncia de suposta improbidade na negociação da venda de um terreno em Vila Velha para a empresa de energia. Transação escusa que foi mediada pelo ex-governador Paulo Hartung (PMDB), atual conselheiro da EDP, conforme noticiou este jornal.
 
O denúncia foi protocolada na Promotoria de Justiça de Vila Velha durante a audiência pública. Entre os pedidos relacionados na denúncia apresentada ao Ministério Público, a comunidade requer “a juntada das reportagens publicadas em Século Diário”. 
 
Em junho, no auge das manifestações populares, os movimentos sociais também incluíram uma série de reportagens de SD na pauta das ruas, o que também nós deu grande satisfação. 
 
Não estamos aqui querendo fazer autopublicidade. Longe disso. Queremos apenas agradecer aos leitores a confiança em nosso conteúdo e registrarmos que esse é o maior estímulo para continuarmos fazendo um jornalismo pautado na ética e cidadania.

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