Sexta, 03 Mai 2024

A Ordem em disputa

 

Os advogados do Estado do Espírito Santo vão às urnas no próximo dia 29 para definir o novo comando da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/ES). A disputa polarizada entre o atual presidente, Homero Junger Mafra, e o candidato André Luiz Moreira, deve representar o tira-teima entre os dois principais grupos na entidade. Além da rivalidade entre os grupos, o eleitorado deve assinalar qual o caminho seguir nos próximos dois anos.  



As principais diferenças entre as candidaturas estão inseridas no campo de atuação da Ordem. Enquanto a chapa da situação defende a manutenção da defesa das prerrogativas dos profissionais da advocacia, a oposição evoca o papel social e de luta de uma das principais entidades da sociedade civil organizada.  



Na história do Espírito Santo, a Ordem teve um papel fundamental na chamada reconstrução do Estado, após o período de turbulência durante o governo José Ignácio Ferreira – coincidentemente, o ex-governador é um dos advogados mais respeitados do Estado. O resgate deste papel histórico é um dos lemas de bandeiras de André Moreira, que terá o apoio do grupo do advogado Carlos Magno Gonzaga Cardoso, candidato derrotado no último pleito. 



A favor da candidatura de Homero Mafra pesa o fato de o atual presidente ter conciliado seu grupo com influentes correntes históricas durante o mandato. Durante os últimos dois anos, o campo majoritário formado por Mafra conseguiu silenciar qualquer foco de oposição interna. Uma prova desse grupo maciço é de que a chapa da situação mantém quase os mesmos nomes indicados no último pleito.  



Essa polarização na disputa pelo comando da seccional também pode ser vista nas eleições em algumas subseções. Em Vila Velha, por exemplo, a temperatura está elevada com a reprodução da central de boatarias – tão famosa no processo eleitoral deste ano – contra os candidatos. Na subseção canela-verde, a disputa será polarizada entre os advogados Ricardo Ferreira Pinto Holzmeister e Gustavo Bassini Schwartz, que reúne aliados dos dois candidatos majoritários na Ordem.  



Por enquanto, esse clima de ataques é isolado às eleições no município, porém é cedo para prever uma disputa sem ataques até o dia do pleito. A tendência atual é de que os principais candidatos evitem o acirramento dos ânimos e mantenha o debate no nível das ideias. Mas alguns temas recorrentes nas disputas anteriores podem surgir, como é o tema da transparência nas contas da Ordem.

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