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A seca pode esperar

O Espírito Santo está chegando a uma situação calamidade em relação à crise hídrica. No interior do Estado, os sinais da seca prolongada são mais claros e o prejuízo para os produtores rurais evidente. O abastecimento da população já está comprometido em 16 municípios e a previsão é que o ano termine com falta d’água na Grande Vitória.

Mas isso não parece ser uma prioridade para o governo do Estado e olha que a situação não é uma novidade dos últimos meses. Quando Paulo Hartung (PMDB) assumiu o governo em 2015, em seu discurso de posse na Assembleia Legislativa, já destacava a questão da crise hídrica como uma adversidade a ser atacada em seu governo.

Propôs uma solução típica de governos desconectados com a questão ambiental, prometendo a construção de 19 barragens no norte do Estado, o que pode até amenizar a situação para uma parte das propriedades, mas piora a situação como um todo.

O que chama atenção é que justamente em um momento de agravamento da crise, que coincide com o período eleitoral, agentes públicos que deveriam aumentar sua dedicação à questão, estão com o foco em outros interesses.

O secretário de Agricultura, Octaciano Neto, entrou em férias para se dedicar às campanhas eleitorais de aliados palacianos, embora o governador jure de pés juntos que não há digitais dele nas campanhas. Como se não bastasse, o presidente do Instituto Capixaba de Assistência Técnica, Pesquisa e Extensão Rual (Incaper) Marcelo Suzart de Almeida faz campanha para candidato no norte do Estado, comprometendo a autarquia com uma eventual gestão, como publicou Século Diário em primeira mão nessa segunda-feira (12).

É claro que os agentes públicos têm direito e até o dever de participar. Mas o momento que vive o Estado em relação à crise hídrica deveria ser uma prioridade para a Secretaria de Agricultura e toda sua estrutura. O governador liberou a participação de seus secretários nas campanhas. Até aí tudo bem. Mas tem que saber quais os secretários que não vão fazer falta em momentos de crise, como esse da falta d'água.

Se o objetivo é aumentar o capital político pensando em 2018, a saída dos gestores de seus postos em momentos em que sua presença é importante pode acabar sendo mais prejudicial do que benéfica.

Fragmentos:

1 – O deputado Sérgio Majeski (PSDB) repercutiu na Assembleia a reclamação dos alunos e professores da Escola Angélica Paixão, em Guarapari. Por lá só um computador está funcionando.

2 – Para atender a unidade, a Secretaria de Educação (Sedu) poderia pedir alguns notebooks emprestados à Secretaria de Segurança (Sesp), afinal, em três anos, por meio de um convenio federal para segurança das provas do Enem, a pasta adquiriu 50 unidades.

 

3 – O deputado estadual Guerino Zanon (PMDB) parece tão tranquilo com sua eleição em Linhares, norte do Estado, que se dá ao luxo de ser assíduo nas sessões da Assembleia.

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