Com a derrota fragorosa do Brasil para a Alemanha e a proximidade do fim da Copa do Mundo, é hora de o Brasil voltar à normalidade, afinal de contas, o processo eleitoral já começou. Neste contexto, cabe ao movimento sindical fazer sua parte nesta disputa pelo poder.
Entre os nomes colocados para disputar a eleitoral há pessoas compromissadas com o movimento, com a formação política da classe trabalhadora. Mais uma vez se aproxima a eleição é mais uma vez o movimento terá a chance de colocar na política institucional seus representantes.
Mas é preciso cuidado. Nem todo mundo que se apresenta como candidato do movimento sindical está na disputa para defender esse interesse. Há muita gente que está no jogo para defender interesses pessoais em nome do movimento sindical. Antes de apoiar um candidato, é preciso conhecer sua história.
Um dirigente sindical, que se perpetua no poder, defende uma pauta meramente econômica e se apresenta para a disputa eleitoral, dificilmente vai se preocupar em defender tanto no legislativo, quanto no Executivo os interesses da sociedade.
Os oportunistas de plantão estão em todos os lugares e no movimento sindical não é diferente. Mais do que defender a pauta do trabalhador, como as mudança necessárias na legislação trabalhista, o candidato deve ter uma visão social mais ampliada, tem de ter compromisso com o desenvolvimento da sociedade como um todo. Neste sentido, é preciso conhecer suas propostas para saúde, educação, transporte, direitos humanos.
O cuidado tem de ser redobrado justamente porque o movimento sindical não tem preparado suas lideranças para discutir política pública. A formação da base é fundamental para se concentrar forças em lideranças que realmente façam a diferença uma vez eleitas. A coluna espera que o cidadão, na escolha de seus candidatos, possa fazer esse papel, que caberia ao movimento, de selecionar os nomes que realmente tenham comprometimento com a sociedade.
O poder do povo é o voto, então, devemos usá-lo com sabedoria.
