Terça, 14 Mai 2024

Amigos para sempre?

As lideranças políticas que vêm conversando com o senador Magno Malta (PR) saem dos encontros convencidas de que o republicano vai mesmo disputar a eleição ao governo do Estado em 2014. Apesar das tentativas palacianas em pressionar o senador em sair da disputa, dificilmente ele vai abrir mão do espaço que se alinhava à sua frente.



Sem nada a perder, já que tem mandato até 2018 e com o aval do governo federal para disputar a eleição, o senador erguerá um palanque que nacionalmente tem apelo popular, com a bandeira de combate ao erro médico. No Estado, partindo para cima do governo do Estado, atacando a questão da segurança, com o discurso questionável da redução da maioridade penal.



Para o governador Renato Casagrande, enfrentar Magno Malta não será uma tarefa fácil. Até porque enfrentar o discurso do senador sobre segurança pode ser perigoso, já que o eleitor capixaba tem perfil conservador.



Por isso, Casagrande partiu para uma estratégia diferente. Quer agregar todas as lideranças em torno de seu palanque, esvaziando a candidatura de Malta. O problema é que como algumas lideranças consideradas puxadores de votos devem deixar o partido, a chapa proporcional do palanque do senador pode ficar bastante atrativa.



Mas a expectativa dos meios políticos é saber se os aliados que sempre receberam o apoio do senador vão ficar com ele no próximo ano. Neste sentido, os holofotes se voltam para o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT).



Malta e Vidigal sempre tiveram uma relação política muito próxima. No ano passado, o senador, apesar de o PR da Serra ter se aliado com o socialista Audifax Barcelos (PSB), fez campanha para Vidigal. Com o apoio do PDT, que é um partido de porte considerável no Estado, e com o capital político de Vidigal a seu favor, Malta não vai conseguir empatar em alianças com Casagrande, mas conseguirá fortalecer seu palanque de oposição.



Bom, como Vidigal não gostou nada da atuação do governador na eleição passada, não evitando que seu correligionário Audifax disputasse, a chance de Vidigal dar a contrapartida de apoio a Magno Malta é grande em 2014. Mas evidentemente, o ex-prefeito só deve falar nisso depois de 29 de junho, quando acontecerá a convenção do PDT.



Fragmentos:



1 – Se o deputado estadual Sérgio Borges (PMDB) resolver disputar mesmo a vaga no Tribunal de Contas (TCES), o governo do Estado ficará entre o líder na Assembleia e o secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Carlos Ciciliotti.



2 – Tem um pessoal querendo fazer render a polêmica do "bolsa-prostituta", apesar de a senadora Ana Rita Esgário (PT) já ter afirmado que não tem nada a ver com a história. Qual o interesse?



3 – Alô governo, serviço essencial não cabe feriado, não. Alô Tribunal de Contas, Assembleia, Tribunal de Justiça e Ministério Público. Feriadão prolongado? Sério?

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