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Independentemente do resultado do julgamento das contas do ex-governador Renato Casagrande (PSB) no Tribunal de Contas do Estado (TCES) o clima que será estabelecido na Assembleia Legislativa para o julgamento político já está definido. O bate-boca entre os deputados Euclério Sampaio (PDT) e Sandro Locutor (PPS) na sessão ordinária dessa segunda-feira (13) deixa claro como serão recebidos os balancetes. 
 
Os deputados aliados do atual governador Paulo Hartung (PMDB), assim como em 2013, estão preparados para rejeitar as contas, mesmo que elas cheguem ao Legislativo com indicação para aprovação ou aprovação com ressalvas. O veredicto já estaria pronto.
 
O parecer do Ministério Público de Contas (MPC) apontando irregularidades no repasse de verbas para a educação, algo que se repete no Espírito Santo, gestão após gestão, abre o espaço para que os parlamentares possam criar uma tese para a rejeição. 
 
Estranho é que esse mesmo problema apareceu em várias contas de Paulo Hartung, que saiam do TCES com parecer por aprovação com ressalvas, mas eram aprovadas na Assembleia sem problemas. Desta vez será diferente, o recorte será dado apenas em 2014 para substanciar o argumento dos deputados. 
 
Um julgamento destes não é o suficiente para “sujar” a ficha de Renato Casagrande. Assim como a rejeição de contas de Guerino Zanon (PMDB), pela Câmara de Linhares, também não é. Dificilmente a Justiça Eleitoral aceitará o argumento para impugnar eventuais candidaturas deles, no futuro. Mas, enquanto isso, o julgamento político já foi feito. 
 
Essas coisas são perigosas, basta lembrar o caso emblemático de Max Filho (PSDB), que teve todas as suas contas questionadas porque o pai dele denunciou a ocupação irregular de uma cadeira de conselheiro no Tribunal de Contas e, sem o menor constrangimento, o conselheiro denunciado Elcy de Souza, sempre avocava as contas do ex-prefeito para relatar e sempre encontrava problemas. 
 
De qualquer forma, a indicação dessa segunda-feira dá tempo para que as lideranças aliadas do ex-governador possam se movimentar. O problema é que são tão poucas que a defesa pode ficar prejudicada. Uma nova batalha entre Casagrande e a Assembleia está marcada e vai ser ainda mais acirrada do que a do ano passado. 
 
Fragmentos:
 
1 – Pelo menos nas redes sociais o duelo entre Renato Casagrande (PSB) e Paulo Hartung (PMDB) aponta vantagem para o socialista . Ele comemora 55 mil curtidas enquanto o governador ainda está na casa dos 20 mil.

 

2 – Os servidores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) se reuniram com o deputado Paulo Foletto para pedir apoio na derrubada do veto ao projeto que concede 56% de recomposição salarial  aos servidores do judiciário.

 

3 – A negativa de continuidade da comissão permanente presidida por Bruno Lamas (PSB) foi represália do governo ou obstáculo dos próprios deputados? Lamas é um dos que vêm votando em dissonância com o restante do plenário em questões polêmicas.

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