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Apartheid educacional

Quando se fala em Escola Viva, a impressão que se tem é a de observar um processo seletivo, que vem dividindo o Estado. De um lado estão aqueles cidadãos que vão ser formatados e entregues ao mercado de trabalho, com o objetivo de cumprir sua função para a manutenção do status quo. Do outro lado, está a maioria. Os jovens e adultos que não interessam ao sistema. 
 
Não é por acaso que por trás do projeto está uma ONG empresarial. É por isso que grandes empresas estão investindo mundo afora, sobretudo em países periféricos nesta área.

É uma seleção. O projeto piloto do Escola Viva levou estudantes, escolhidos a dedo, na rede pública de ensino – sim eles foram escolhidos, convidados pelo governo –, para um mundo encantado, em que a biblioteca tem salinhas de leitura e os computadores tem internet que funciona; onde em vez de ventiladores que não podem ser ligados ao mesmo tempo, há um bom conjunto de aparelhos de ar condicionado, onde não chove dentro da sala de aula e as quadras podem receber o adjetivo esportiva sem cometer heresia.

 
Mas o que se vê no restante da rede de ensino é um total descalabro. O governo do Estado tenta mostrar preocupação, destinando R$ 40 milhões para a manutenção de escolas no próximo ano. Manutenção? Tem escola que não tem teto. 
 
O Escola Viva poderia sim ser um grande programa para o Estado, se fosse parte de um projeto maior de repensar toda a estrutura educacional, que deveria ir do projeto pedagógico à cobertura da quadra de esportes, passando pela valorização dos professores da rede. Mas a intenção não é essa. A intenção é entregar à iniciativa privada, por meio das organizações sociais, uma função que é do Estado. 
 
Ao fazer a “seleção” do Escola Viva, o governo fere o princípio da universalização da educação, já esse programa não serve para todos, não oferece oportunidades para todos. Muito pelo contrário, separa, divide, trata de forma diferente aqueles que têm direito a uma educação de qualidade. Tudo isso em nome de um projeto de marketing e o atendimento ao mercado. 
 
Fragmentos
 
1 – Com a demissão do aliado de Eduardo Cunha, Fábio Cleto, os meios políticos que perguntam, quando o governo federal vai exonerar o irmão do ex-aliado de Dilma, o senador Magno Malta, do Ministério dos Transportes?

 

2 – E por falar em Magno Malta, o senador não apareceu na propaganda política do PR. Diferentemente do parlamentar, as demais lideranças estão fechadas com a presidente. 

 

3 – O deputado federal Givaldo Vieira vem fazendo o papel que o comando do PT no Estado deveria estar fazendo. Colocou a cara a tapa e vem defendendo o governo do partido. 

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