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As derrotas da CUT

O primeiro semestre deste ano foi marcado por duas importantes eleições sindicais no Estado: a dos vigilantes e dos rodoviários. Nas duas situações houve uma situação interessante do ponto de vista do apoio cutista ao processo eleitoral. 
 
Nos dois processos, chapas de oposição se inscreveram e pediram o apoio da Central Única dos Trabalhadores, que preferiu apoiar as chapas de quem já estava no poder e protelaram o quanto puderam a escolha das novas direções. Em um dado momento, também nos dois processos, houve a tentativa de união de chapas. 
 
Nesse ponto, foi que se viu o real interesse da CUT. O presidente da Central, José Carlos Nunes, teria afirmado aos participantes da chapa que o que interessava à CUT eram os postos de tesouraria e presidência. Dos quais ele não abria mão. 
 
E foi com essa visão de controle absoluto dos sindicatos, que a CUT viu escapar por entre os dedos dois sindicatos muito importantes, já que as oposições venceram nos pleitos. A CUT que tem uma história com os rodoviários perdeu parte de seu prestígio com a categoria.
 
Esse é um recado que ficou claro para a Central. Em vez de cuidar apenas do ponto político da pauta sindicalista, deve voltar seu olhar para os reais interesses da classe trabalhadora. Não cabe mais o controle a qualquer custo, feito por grupos que querem se perpetuar no poder e são capazes de tudo para tentar impedir a alternância. 
 
Em breve quem estará na berlinda é a própria direção da CUT. A classe trabalhadora diante desses sinais de falta de democracia ou de individualismo, deve questionar se vale a pena manter a atual direção ou se é hora de mudar o comando da central. 
 
No passado, a CUT adotava a postura de não permitir mais de dois anos de permanência da mesma representatividade sindical no comando, para manter a alternância e a democracia. Agora, a coisa é diferente. Os comerciários estão há três mandatos à frente de CUT.
 
É hora da meia volta!

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